Curso Online de Prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis

Prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis

No Brasil ainda persistem desigualdades em relação à escolaridade, informação e acesso aos serviços de saúde que culminam em um entendimento incompleto sobre fatores de risco e proteção para DCNT, tais como os impactos do tabagismo, consumo de carne gordurosa em excesso, estresse e além disso, os benefícios da atividade física, lazer e o consumo variado e adequado de vegetais.
Introdução

Os fatores de riscos para as DCNT se encontram em dois grupos específicos: os não modificáveis - sexo, idade e história familiar; e os modificáveis tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo, consumo de álcool. Estratégias de ação na mudança no estilo de vida da população objetivam a redução e prevalência dessas doenças no contexto mundial.

A diminuição do consumo de frutas, verduras e legumes têm trazido grandes problemas, a frequência de comidas industrializadas leva ao excesso de peso, que gera inúmeras consequências para o organismo.

A implementação efetiva das políticas públicas que enfatizem a mudança de hábitos e estilos de vida, incluindo a prática de atividade física associada à mudança de hábitos alimentares, são medidas importantes na prevenção e controle de doenças crônicas com melhoria na qualidade de vida.

As doenças crônicas não transmissíveis são um grande desafio de saúde pública mundial, principalmente pela morbidade e mortalidade que causam, porém em muitos casos ser prevenidas e tratadas adequadamente. Elas se caracterizam por um conjunto de patologias de múltiplas causas e fatores de risco, longos períodos de latência e curso prolongado e são as principais causas de mortes no mundo, gerando perda de qualidade de vida com limitação nas atividades de trabalho e de lazer, além de impactos econômicos para as famílias, comunidades e a sociedade em geral. São responsáveis por 72% das causas de mortes, com destaque para doenças do aparelho circulatório (31,3%), câncer (16,3%), diabetes (5,2%) e doença respiratória crônica (5,8%).
DOS SANTOS RODRIGUES, A. Nutrição, prevenção e adesão: Os desafios da educação nutricional no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis. I Seven International Education Congress, 2023.

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, são responsáveis por 74% das mortes globais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, elas correspondem a cerca de 80% dos óbitos, impactando diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS) e a qualidade de vida da população.
 
ALBUQUERQUE, V. R et al. Impacto da Atenção Primária na Prevenção e Controle de Doenças Crônicas Não Transmissíveis: Desafios e Estratégias. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 12, p. 2816-2829, 2024.

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) incluem as doenças do aparelho circulatório (DAC), neoplasias, doenças respiratórias crônicas, obesidade e diabetes mellitus. Correspondem, ao maior índice de morbimortalidade no mundo com 38 milhões de óbitos em 2019, atingindo 70% das mortes globais. Destas mortes, 40% são consideradas prematuras, ocorrendo antes dos 70 anos.

Desde o último século o Brasil passou por transformações socioeconômicas que proporcionaram uma transição epidemiológica na qual as doenças infecciosas e parasitárias que resultavam em óbito precocemente deram espaço às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O desenvolvimento dessas doenças é influenciado por fatores de risco modificáveis (alcoolismo, o tabagismo, o estresse, a obesidade, o sedentarismo, a ansiedade, e o colesterol elevado) e não modificáveis (hereditariedade, idade, etnia e sexo).

O sedentarismo aumenta consideravelmente o risco para desenvolvimento de comorbidades como a obesidade, depressão, demência, ansiedade, alterações de humor, dislipidemia, e maior incidência da debilidade física e queda em idosos, o que aumenta a taxa de mortalidade.