Curso Online de Enfermagem em Saúde do Idoso
O curso mostra a atenção a saúde do idoso, o estatuto do idoso, sexualidade, as síndromes geriátricas, etc.
Continue lendoAutor(a): So Enfermagem
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Mais de 30 alunos matriculados no curso.
Avaliação dos alunos: 3 no total
- Magali De Souza Dorneles
- Sabrina Epifania Rodrigues Vidal
- Damiana Gomes Miranda
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Enfermagem em Saúde do Idoso
Enfermagem em Saúde do Idoso
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EAD – Educação à Distância -
Introdução
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O processo de envelhecimento é claro e notório em nossa sociedade uma vez que resulta de uma gradual transição demográfica onde cada vez é maior o número de idosos em nossa população e com isso todo um conjunto de condições e patologias associadas à senectude. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em 2020 três quartos de todas as mortes observadas nos países em desenvolvimento estarão relacionadas ao processo de envelhecimento, como câncer, doenças do aparelho circulatório e diabetes. Assim, nos dizeres de Júlio Litvoc, “Há necessidade de procurar conhecer e desenvolver todas as alternativas possíveis e válidas não só para prevenir, como também para retardar o aparecimento das doenças crônicas e os conseqüentes agravos causados por ela” (Litvoc,2000).
A esperança de vida nos países desenvolvidos aumentou de forma considerável. Por exemplo, uma criança do sexo masculino nascida em 1900 tinha uma esperança de vida de apenas 46 anos, enquanto uma nascida hoje viverá, provavelmente, mais de 72 anos. Uma criança do sexo feminino nascida em 1900 tinha uma esperança de vida de 48 anos, enquanto atualmente ela será de cerca de 79 anos.
Embora seja significativo o aumento, em média, da esperança de vida, é muito pequena a alteração registada no limite máximo da idade que se pode atingir. Apesar dos avanços na genética e na medicina, ninguém parece ter conseguido ultrapassar o limite dos 120 anos.
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Com a idade alteram-se vários aspectos perceptíveis no corpo humano. A primeira indicação de envelhecimento talvez apareça quando o olho tem dificuldade em focar os objetos próximos. Por volta dos 40 anos para muita gente é, geralmente, difícil ler sem usar óculos. A capacidade auditiva também se altera com a idade, sendo frequente a perda de certa capacidade para ouvir os sons mais agudos. Daí que as pessoas mais idosas possam considerar que a música do violino já não soa tão emocionante como quando eram jovens; também, ao não perceber a tonalidade aguda da maior parte das consoantes fechadas, podem pensar que os outros estão a murmurar.
Alterações do corpo com a idade:
Diminui a quantidade de sangue que flui para os rins, o fígado e o cérebro.
A capacidade dos rins para depurar toxinas e fármacos diminui.
Constata-se uma menor capacidade do fígado para eliminar as toxinas e metabolizar a maioria dos fármacos.
A frequência cardíaca máxima diminui, mas a frequência em repouso não sofre alterações.
Diminui o volume máximo de sangue que passa através do coração.
Diminui a tolerância à glicose.
Diminui a capacidade pulmonar.
Observa-se um aumento da quantidade do ar remanescente nos pulmões (depois de espirrar).
A resistência às infecções é menor. -
Na maioria dos indivíduos a proporção de gordura corporal aumenta com a idade mais de 30 %. A sua distribuição também varia. De facto, há menos gordura por debaixo da pele e mais na zona abdominal e, consequentemente, a pele torna-se mais fina, enrugada e frágil, e a forma do corpo também se altera.
Por isso, não é surpreendente que, com a idade, diminuam quase todas as funções internas, cujo pico máximo de eficácia se situa na faixa dos 30 anos. A partir dessa idade inicia-se uma perda gradual mas contínua. Apesar dessa perda, a maioria das funções continuam a ser adequadas durante o resto da vida porque a capacidade funcional de quase todos os órgãos é superior à que o corpo necessita (reserva funcional).
Embora a qualidade de vida se altere pouco com a diminuição das funções de alguns órgãos, a deterioração de certos órgãos pode afetar seriamente a saúde e o bem-estar.
Por exemplo, na velhice a quantidade de sangue que o coração pode bombear quando o corpo está em repouso não se reduz demasiado; em contrapartida, quando o esforço é máximo, a diminuição que se verifica é significativa. Isto implica que os atletas mais velhos não sejam capazes de competir com os atletas mais jovens.
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Por outro lado, as alterações no funcionamento do rim podem afetar gravemente a capacidade das pessoas mais velhas para eliminar certos fármacos do organismo.
Em geral, é difícil determinar quais são as alterações que se relacionam com o envelhecimento e quais as que dependem do estilo de vida que cada indivíduo levou. Vários órgãos podem sofrer danos maiores que os causados pelo envelhecimento, como no caso das pessoas que levam um estilo de vida sedentário, uma dieta inadequada, que fumam e abusam do álcool e das drogas. Os indivíduos expostos a substâncias tóxicas podem experimentar uma quebra mais acentuada ou mais rápida em alguns órgãos, especialmente os rins, os pulmões e o fígado. Os indivíduos que trabalharam em ambientes ruidosos terão mais probabilidades de perder a capacidade auditiva. Podem evitar-se algumas alterações se se adoptar um estilo de vida mais saudável. Por exemplo, deixar de fumar em qualquer idade melhora o funcionamento dos pulmões e diminui as probabilidades de um cancro no pulmão, assim como a atividade física ajuda a manter em forma os músculos e os ossos.
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O Envelhecimento no Brasil
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O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje, faz parte da realidade da maioria das sociedades. O mundo está envelhecendo. Tanto isso é verdade que estima-se para o ano de 2050 que existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos e mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento.
No Brasil, estima-se que existam, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos.
Nas últimas décadas o idoso brasileiro se tornou um protagonista social cada vez mais visível, ocupando espaço na mídia e ganhando a atenção do mercado de consumo, do lazer e do turismo, exigindo cada vez mais produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades e anseios. Passam a existir com mais freqüência os grupos de terceira idade, faculdades abertas, centros de convivência, clubes, associações, nos quais os idosos participam ativamente. Essa tendência de certa forma contraria a idéia presente no imaginário da população de que, na velhice, os indivíduos estariam excluídos da vida pública ativa. Mas, apesar de toda essa atividade e participação, e dos importantes avanços científicos e tecnológicos dos últimos anos, o aumento da longevidade evidencia a fragilidade dos idosos que atingem idades mais avançadas. Essa vida mais longa também acarreta uma maior incidência de doenças crônicas e degenerativas, sem que a sociedade e os profissionais da saúde, em particular, estejam preparados para enfrentá-las para oferecer as soluções mais adequadas.
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Diferentemente das abordagens convencionais, baseadas no isolamento e repouso, esta nova situação exige abordagens e recursos que objetivem a conservação da autonomia e da qualidade de vida.
O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos, sofrendo influência dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à etnia, ao racismo, às condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à localização de moradia.
O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência - senilidade.
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Capítulos
- Introdução
- O Envelhecimento no Brasil
- Anatomia e fisiologia do envelhecimento
- Prevenção de acidentes domésticos
- Estatuto do idoso (resumo)
- Enfermagem Gerontológica
- A humanização da atenção ao idoso
- Imunização do Idoso
- Sexualidade na Terceira Idade
- Maus tratos no envelhecimento
- O Cuidador de Idosos
- Atenção domiciliar às pessoas idosas
- Fármacos e envelhecimento
- Síndromes Geriátricas
- Principais patologias dos idosos
- Bibliografia