Curso Online de Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico
Este curso objetiva trazer algumas questões sobre a metodologia e a organização de pesquisas e trabalhos científicos, apresentando e desc...
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Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico
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Metodologia da pesquisa e do trabalho científico
A ética deve estar presente em todos os setores e atividades da sociedade. Especialmente na realização de pesquisas, acadêmicas ou não, que envolvem pessoas, trabalhos em grupo, uso de resultados de outros pesquisadores.
Neste capítulo apresentaremos as diferentes formas de conhecimento, com enfoque especial no conhecimento científico e sua construção com bases éticas, na organização de grupos de trabalhos, na importância de se conhecer cada um dos integrantes, no papel individual e no objetivo coletivo.
Na sequência discutiremos os conceitos da propriedade intelectual, o plágio nas pesquisas de trabalhos em grupos, legislação e penalidades.ÉTICA E METODOLOGIA
CIENTÍFICA -
Ética e metodologia científica
Metodologia da pesquisa e do trabalho científico
Parte
1 O pesquisador, o trabalho
e o conhecimento científico
A pesquisa não ocorre apenas em grandes laboratórios e instituições de ensino. Ela está presente em nosso dia a dia. Assim, por exemplo, se quisermos nos bronzear na praia, com o tempo teremos aprendido qual o fator de proteção do creme, qual o tempo de exposição ao sol e quais os melhores horários. Como conseguimos chegar a esse conhecimento, se para cada pessoa esses indicadores são diferentes?
Uma possibilidade é a experiência: vou testando protetores solares com diferentes índices de pro- teção e em diferentes horários, verificando os resultados.
Outra forma pode ser por meio de pesquisa em revistas, livros e internet, buscando os horários e os fatores de proteção mais indicados para minha cor de pele. Posso também perguntar a alguém que sempre vai à praia se bronzear e tem a cor da pele semelhante à minha.
Como podemos observar, há diversas formas de buscar o conhecimento. E os caminhos percorri- dos referem-se ao tipo de pesquisa que usamos para chegar a esse conhecimento.
No dia a dia nos deparamos com diversos tipos de conhecimento que têm seu valor em determi- nadas situações. Vejamos alguns:
Conhecimento empírico (também chamado conhecimento popular ou senso comum) é o conhecimento obtido por meio da experiência e do uso dos nossos sentidos (visão, audi- ção etc.). Esse conhecimento, na maioria das vezes, é gerado ao acaso, mediante ações não planejadas. Esse conhecimento é transmitido entre grupos de pessoas, familiares e tradições culturais. Exemplo: “As plantas produzem mais quando são plantadas na lua crescente”.
Conhecimento filosófico é o conhecimento racional, geral, sistemático e crítico gerado por meio da reflexão subjetiva com objetivo de dar sentido aos fenômenos gerais do universo. Trabalha com ideias e relações conceituais que transcendem a realidade material e a própria ciência. Exemplo: “Qual o sentido da vida?”.
Conhecimento teológico é o conhecimento gerado e mantido pela fé ou crença religiosa. Apoia-se em doutrinas e textos sagrados que apresentam verdades que não devem ser ques- tionadas ou postas em dúvida, apenas aceitas. Exemplo: “Meu filho tinha câncer e foi curado por um milagre”. -
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Conhecimento científico toda pesquisa científica inicia-se com um questionamento, com uma pergunta, um problema que precisa de uma resposta. Assim, a ciência caracteriza-se pela busca de respostas ou soluções para as demandas da sociedade.
O conhecimento científico tem sua base de construção no conhecimento do senso comum (ou co- nhecimento empírico) e é uma conquista relativamente recente da humanidade. A revolução científica do século XVII marca a autonomia da ciência, a partir do momento que ela busca seu próprio método.
Com base nesse conhecimento, os pesquisadores começam a questionar o porquê desses fenôme- nos, como eles acontecem, por que obtém resultados positivos. E assim inicia-se o processo de inves- tigação científica. Elaboram-se hipóteses e mediante pesquisa com método bem definido, buscam-se respostas e construção de generalizações. O conhecimento científico permite explicar, construir e apli- car teorias, servindo, portanto, para ampliação e avanço da ciência.
O conhecimento científico é gerado por meio da razão e da experimentação (o que o diferen- cia do conhecimento filosófico). É sistemático, ou seja, possui ordenação lógica das ideias (teoria) e verificável, porém falível, pois não é definitivo e absoluto (novas técnicas podem reformular a teoria existente). Exemplo: “Os planetas giram em torno do Sol”.
Parte
2 Grupos de trabalho e
relacionamento ético
Dificilmente realizaremos uma pesquisa científica sem o envolvimento de outras pessoas, visto que podemos ter mais de uma pessoa trabalhando no mesmo projeto, como, o orientador no caso de um Trabalho de Conclusão de Curso, ou pessoas que fazem parte da população pesquisada etc. Cada ser humano é diferente, tem sua formação, princípios e características próprias, e trabalhar com pessoas requer essa compreensão.
A ética é o conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade e tem função de equilibrar o funcionamento social para que ninguém saia prejudicado. No trabalho em grupo, a base do relacionamento ético é conhecer a outra pessoa, saber suas competências e limitações.
É comum que cada integrante do grupo tenha expectativas e envolvimentos diferentes na realiza- ção do trabalho em conjunto.
Assim, por exemplo, posso ter em minha equipe uma pessoa muito ansiosa e outra muito calma. Uma que quer fazer pesquisa para tirar nota máxima e outra que se satisfaz em obter nota suficiente para ser aprovada. Quanto maior a diferença de perfil entre as pessoas envolvidas numa pesquisa, maior será a dificuldade. -
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Portanto, é necessário que no início da realização de uma atividade esteja bem claro o que se es- pera de cada uma das pessoas envolvidas e o grau de qualidade do trabalho.
Alguns elementos devem estar presentes na realização de um trabalho em equipe, como:
empatia colocar-se no lugar do outro;
cordialidade e assertividade saber como falar;
autoconhecimento conhecer as próprias características positivas e negativas;
ética não agir de forma deliberada para comprometer alguém ou quebrar acordos e compromissos.
Outra questão que devemos considerar é que trabalho em equipe não é trabalho em grupo. O tra- balho em grupo pode ser considerado uma linha de produção, onde há divisão do trabalho e cada um se preocupa em fazer somente sua tarefa. O trabalho em equipe requer que cada integrante saiba o que todos estão fazendo e reconheça a importância para o sucesso da tarefa.
Svinkin/Shutterstock
O objetivo final do trabalho em equipe deve estar claro para todos os integrantes e a comunicação é fundamental para sua concretização. Como a atividade em equipe é resultado de um esforço conjunto, o sucesso ou fracasso é responsabilidade de todos. Dessa maneira, quando algum membro da equipe está enfrentando alguma dificuldade na execução de sua tarefa, deve haver um esforço conjunto com a finalidade de superá-la. -
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Parte
Ética e integridade da pesquisa
O estudo sobre a ética nas pesquisas científicas baseia-se na reflexão acerca das questões morais da conduta humana na produção de conhecimento.
No Brasil, questões éticas sobre a realização de pesquisas foram levantadas principalmente me- diante a preocupação com a exposição dos sujeitos da pesquisa na área médica, motivando a criação de diversos comitês de ética que validam os projetos de pesquisa antes de sua realização.
A integridade da pesquisa envolve o respeito às normas éticas de publicação, visando evitar frau- des, dentre as quais estão: falsificação, manipulação ou fabricação de dados, duplicidade na publicação e plágio (PITHAN; OLIVEIRA, 2014).
A integridade da pesquisa não deve estar presente apenas no momento da redação do texto. Deve permear todo o processo de obtenção dos dados, respeitando todas as pessoas e instituições envolvidas. Deve-se ter o cuidado de não expor, julgar ou agir de forma preconceituosa em relação às pessoas que participam da pesquisa.
Lembre-se que o pesquisador deve ser neutro e interferir o mínimo possível no meio em que rea- liza seu estudo.Parte
Propriedade intelectual e legislação
O crescimento da geração de novas informações e o desenvolvimento da economia industrial motivaram a criação de uma nova categoria de propriedade: a propriedade intelectual. Com o desen- volvimento da tecnologia, que permitiu a reprodução em série de produtos, surgiu a necessidade de se reconhecer os direitos sobre as ideias de produção.
Propriedade intelectual é direito sobre a exclusividade de reprodução ou uso de um produto ou serviço. A Universidade Federal de Alagoas1 traz a definição da expressão “Propriedade Intelectual”:1 www.ufal.edu.br/nit/propriedade-intelectual
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abrange os direitos relativos às invenções em todos os campos da atividade humana, às des- cobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais, de comércio e de serviço, aos nomes e denominações comerciais, à proteção contra a concorrência desleal, às obras literárias, artísticas e científicas, às interpretações dos artistas intérpretes, às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas e às emissões de radiodifusão, bem como os demais direitos relativos à atividade intelectual no campo industrial, científico, literário e artístico.
A propriedade intelectual envolve o processo de criação de produtos, processos, serviços, obras artísticas e literárias. Trata-se, portanto, de um bem imaterial, produzido por meio do uso da capacidade intelectual e do conhecimento do seu criador.
O desconhecimento sobre a legislação, que envolve os direitos autorais e a propriedade intelec- tual, aliado à falta de rigor nas correções de trabalhos acadêmicos, faz com que muitos pesquisadores utilizem trabalhos, ideias e conceitos elaborados por outros, como se fossem de sua autoria.
A lei 9.610 de 1998 especifica que textos de obras literárias, artísticas ou científicas, projetos, obras audiovisuais, fotográficas, musicais, conferências etc., estão protegidas e preservam os direitos aos autores. O art. 24 da referida lei traz os direitos morais dos autores:
- o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
- o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;
- o de conservar a obra inédita;
- o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra;
- o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;
- o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem;
- o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem (BRASIL, Lei 9.610/98, Art. 24).
A mesma lei, em seu artigo 46, também trata das formas de reprodução, citação e utilização que não constituem ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza; -
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de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles re- presentada ou de seus herdeiros;
de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimen- to em qualquer suporte para esses destinatários;
- a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
- a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
- o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, ve- dada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;
- a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela, des- de que esses estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
- a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;
- a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir prova judiciária ou administrativa;
- a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores (BRASIL, Lei 9.610/98, Art. 46).
Além dessas formas de utilização, a paráfrase também é permitida desde que se mantenha o sen- tido original da obra literária e haja indicação do autor.Parte
5 Plágio, infrações éticas e punições
O plágio acadêmico ocorre quando um aluno faz uso de ideias, conceitos ou frases de outros auto- res de livros, artigos, revistas e conteúdos disponibilizados na internet, sem citar o autor original como fonte de pesquisa. -
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Reproduzir, mesmo que em pequenas partes ou com alteração de algumas palavras do texto origi- nal, sem indicar a fonte também é considerado plágio.
Os alunos devem ser capazes de articular os conceitos obtidos com a leitura de materiais de outros autores para fundamentar e embasar suas próprias conclusões. É uma atividade difícil, pois exige muita leitura, interpretação e reflexão que muitos alunos não estão dispostos a fazer, principalmente com a faci- lidade de copiar textos já elaborados e disponíveis na internet.
Porém, é um processo de aprendizagem que permitirá ao aluno dar maior solidez aos trabalhos acadêmicos, pois todas as afirmações e conclusões estarão embasadas em autores e não apenas no “achismo” ou no senso comum. A norma para citações em trabalhos acadêmicos é a NBR 10520/2002, a qual contém a forma correta de citar diferentes tipos de materiais, como artigos, teses, textos de jor- nais, revistas, filmes etc. Vale lembrar também que, além de citar de forma correta, todos os autores mencionados no texto deverão estar listados ao final do texto em Referências.
Segundo o Instituto de Arte e Comunicação Social:
O plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de livros ou da Internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa.
Trata-se de uma violação dos direitos autorais de outrem. Isso tem implicações cíveis e penais. E o “desconhecimento da lei” não serve de desculpa, pois a lei é pública e explícita.
Na universidade, o que se espera dos alunos é que estes se capacitem tanto técnica como teorica- mente. Que sejam capazes de refletir sobre sua profissão, a partir da leitura e compreensão dos autores da sua área.
Faz parte da formação dos alunos que estes sejam capazes de articular as ideias desses autores de referência com as suas próprias ideias.
Para isto, é fundamental que os alunos explicitem, em seus trabalhos acadêmicos, exatamente o que estão usando desses autores, e o que eles mesmos estão propondo. Ser capaz de tais articu- lações intelectuais, portanto, torna-se critério básico para as avaliações feitas pelos professores (IACS, 2014, p. 1).
O plágio pode ser apresentado de 3 formas distintas:
Integral cópia de um trabalho inteiro, alterando-se apenas o nome, como se fosse de sua autoria;
Parcial cópia resultante da seleção de parágrafos ou frases de um ou diversos autores, sem menção às obras;
Conceitual utilização da essência da obra do autor sem menção à obra consultada. -
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Plágio responsabilidades e sansões
Caracterizar o plágio como crime é uma tarefa complexa, pois só haverá responsabilização se for comprovado que houve ciência do plágio por parte do autor ou se ficar clara a identificação dessa violação.
Na esfera civil, o titular da obra fraudulentamente reproduzida poderá requerer a apreensão dos exemplares produzidos e a suspensão da divulgação da obra. Já na esfera penal, ao violar os direitos do autor, a pena é detenção de 3 (três) meses a 1(um) ano ou multa quando não há intuito de lucro. Para os casos em que houve obtenção de lucro direto ou indireto, a pena é reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
A caracterização de plágio, não apenas no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), mas em qual- quer tipo de trabalho acadêmico, sujeita o infrator à punição e também à expulsão da Instituição de ensino superior na qual estuda.
Professor orientador
O professor pode aceitar ou não o convite para ser orientador de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Ao aceitá-lo, esse professor deve garantir que o TCC fique bem elaborado e esteja em consonância com o regimento interno da faculdade. Ao praticar o plágio, o aluno está em desacordo com o regimento interno e o professor orientador tem o dever de informar essa situação à faculdade, caso contrário pode ser penalizado por omissão. Dessa forma, o professor orientador responderá ao crime de plágio com seu aluno, pois ele deve ter a capacidade de identificar tal delito.Compra de monografia e falsidade ideológica
O TCC é um dos requisitos para que os alunos obtenham a graduação. Com o crescimento das instituições que oferecem ensino superior, surgiu um mercado de venda de monografias. De um lado temos o aluno que não possui tempo disponível ou simplesmente não quer ter o trabalho de fazê-lo. De outro lado, o professor, muito atarefado e que muitas vezes não recebe nenhum tipo de auxílio da instituição em que leciona para atividade de orientação, que acaba então não orientando de forma satis- fatória, levando o aluno à prática ilícita de compra do TCC.
O orientador responde por falsidade ideológica junto com o aluno, caso ele tenha comprado a monografia.
Algumas medidas preventivas podem ser adotadas para ajudar a evitar o plágio, como verificação da integridade em todos os trabalhos realizados, não apenas no Trabalho de Conclusão de Curso, e também adoção de uma política institucional clara a respeito do plágio e que seja efetivamente seguida -
Ética e metodologia científica
Metodologia da pesquisa e do trabalho científicopor toda a comunidade acadêmica. Do lado dos alunos, promover a capacitação sobre a escrita de textos científicos e a declaração de autoria, em que ele atesta a originalidade do trabalho realizado.
Extra
O texto a seguir é parte do artigo de Pithan e Oliveira (2013, p. 241), intitulado Ética e integrida- de na pesquisa: o plágio nas publicações científica.Embora o uso da expressão “integridade na pesquisa” no Brasil para designar fraudes nos artigos científicos seja recente, o tema, propriamente dito, não o é, e podemos encontrar algumas publicações que demonstram que sua preocupação surgiu, em nosso país, praticamente na mesma época em que os estudos sobre a ética na pesquisa.
[...]
A publicação científica feita de forma eticamente correta tem relação com a credibilidade da ciência e com a própria reputação do autor da pesquisa, que busca reconhecimento comunitário pelos seus estudos e descobertas.
Conforme a historiadora da ciência Maria Helena Freitas:
Ao publicarem textos, os estudiosos registram o conhecimento (oficial e público), legiti- mam disciplinas e campos de estudos, veiculam a comunicação entre os cientistas e pro- piciam ao cientista o reconhecimento público pela prioridade da teoria ou da descoberta.
Desse modo, as revistas científicas são arquivos através dos quais os estudiosos deixam “testemunho da autoria de uma observação, um pensamento ou um invento”. Entretanto, para que seja deixado este testemunho de autoria de forma íntegra e para que se garanta credibilidade na área científica investigada, o autor de uma publicação científica deve obedecer a “regras de con- duta ética, a padrões de qualidade, a métodos científicos de pesquisa e a procedimentos editoriais reconhecidos no meio [...]”.
Interessante notar que, dentre os procedimentos editoriais próprios do meio científico, têm-
-se intensificado as preocupações de caráter ético, a fim de evitar diferentes tipos de fraude nas publicações. Editores de periódicos manifestam-se neste sentido, buscando alertar seus articulis- tas sobre a importância de publicar de forma eticamente correta, garantindo a credibilidade da produção científica.O texto completo encontra-se disponível em: .
Acesso em: 18 mar. 2015.
Pagamento único
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Capítulos
- 1 ÉTICA E METODOLOGIA CIENTÍFICA
- 2 PROJETO DE PESQUISA
- 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
- 4 ESTRUTURA BÁSICA E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
- 5 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO: CITAÇÕES
- 6 OUTROS ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO
- 7 CONCLUSÃO, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RESUMO
- 8 REFERÊNCIAS
- 9 MODELOS E ESTRUTURA DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
- 10 ARTIGOS CIENTÍFICOS E PUBLICAÇÕES
- 11 PREPARAÇÃO PARA DEFESA E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
- 12 ELABORAÇÃO DE CURRÍCULO E MEMORIAL