Curso Online de Gestão Ambiental
O objetivo básico da gestão ambiental, considerando a consciência de que os recursos naturais são finitos, é a obtenção dos maiores benef...
Continue lendoAutor(a): Zilmar Do Nascimento Mesegner
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GESTÃO AMBIENTAL
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Apresentação
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a evolução natural das condições ambientais por um período de bilhões de anos permitiu o surgimento da humanidade. porém, nesse mesmo período, houve um grande número de espécies extintas pelo fato do ambiente ter-se modificado para condições adversas a tais espécies. então, intuitivamente, ao recriarmos um novo ambiente, paralelamente pode ser gerada uma série de efeitos colaterais – externalidades*, que poderão facilitar, dificultar ou mesmo impedir o desenvolvimento e a qualidade de vida dos seres humanos, à medida que alteram os ecossistemas.
externalidades - são os efeitos colaterais da produção de bens ou serviços sobre outras pessoas que não estão diretamente envolvidas com a atividade. em outras palavras, as externalidade referem-se ao impacto de uma decisão sobre aqueles que não participaram dessa decisão.
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por esse motivo, a partir da década de 1960, emerge a idéia da necessidade de uma nova postura relacionada aos procedimentos e usos dos recursos naturais. já na década de 1980 surge o conceito de “desenvolvimento sustentável”, que revela, inicialmente, a crescente insatisfação com a situação criada e imposta pelo modelo de produção capitalista. resulta de emergentes pressões sociais pelo estabelecimento de uma melhor distribuição de renda que permitisse maior eqüidade.
indica o desejo social de sistemas produtivos que, simultaneamente, conservem os recursos naturais e forneçam produtos mais saudáveis, sem comprometer os níveis tecnológicos já alcançados de segurança alimentar. dessa forma, a proposta de implantação desse novo modelo deverá ser bem mais complexa do ponto de vista metodológico, demandando disponibilidade, aptidão e cooperação dos ensinamentos específicos, assumindo perspectivas interdisciplinares. esse tipo de conhecimento depende, em grande parte, da adoção de políticas públicas que promovam avanços nessa direção, atentando para o fato de que tão importante quanto gerar novos conhecimentos e tecnologias apropriadas, é fazê-los chegar ao seu destino. na transição a um padrão sustentável, os gargalos estão mais no âmbito do desempenho institucional. -
Apresentação
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ultimamente, organismos internacionais, como o bird e o bid, têm advertido que ações de desenvolvimento que utilizam métodos participativos têm resultados superiores às que se baseiam em estruturas hierárquicas. nessas circunstâncias, o estado deve ser o coordenador da formação de uma abordagem sistêmica que integre organismos públicos envolvidos nesses sistemas produtivos, de ensino e de pesquisa, ongs, empresas privadas e sociedade civil organizadas, por meio da formação de uma visão compartilhada, detectando e preparando lideranças, da qual resulte seu pacto de desenvolvimento sustentável.
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Apresentação
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percebe-se que as propriedades rurais e as diversas comunidades não estão aproveitando efetivamente os seus recursos, bem como o seu potencial de transformação dos produtos agropecuários, da matéria-prima florestal e agroflorestal, e da administração de seus resíduos gerados durante os processos produtivos, urbanos e rurais, em produtos de maior valor agregado: faz-se necessárias mudanças destes modelos de produção, sendo necessário:
a) inicialmente, a recuperação ambiental fundamentada na ética e dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável;
b) a elaboração de tecnologias apropriadas que poupem e conservem os recursos naturais;
c) maior rigor na concessão do licenciamento ambiental, condicionando-o à adoção de sistemas de gestão ambiental (sga); e d) efetividade no monitoramento e na fiscalização pelos órgãos responsáveis, com a participação de toda a sociedade, já politizada e ambientalmente educada. -
Apresentação
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o objetivo básico da gestão ambiental, considerando a consciência de que os recursos naturais são finitos, é a obtenção dos maiores benefícios por meio da aplicação dos menores esforços. dessa forma, o indivíduo, a comunidade e as empresas, buscam otimizar o uso dos recursos disponíveis, sejam eles de ordem financeira, material ou humana. a gestão de um sistema tem por objetivo assegurar seu bom funcionamento e seu melhor rendimento, mas também sua perenidade e seu desenvolvimento.
o sga busca melhorar o desempenho ambiental e a operacionalização de uma organização, levando a empresa a adotar uma postura preventiva ao invés de corretiva. dessa forma, são evitados os desperdícios, por meio da redução no uso de matéria-prima e da prática de reciclagem dos resíduos. com essa medida, economizam-se recursos e a própria produção de resíduos, reduzindo os impactos negativos ao meio ambiente. -
Introdução
introdução
em 1992, durante as reuniões preparatórias para a conferência das nações unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento (cnumad), a eco 92, realizada no rio de janeiro, ocorreram intensas discussões sobre as atividades e mecanismos econômicos especialmente impactantes para o meio ambiente e capazes de depauperar os recursos naturais. o documento denominado agenda 21 é resultante dessas discussões, contendo inúmeras recomendações, inclusive aquelas que enfatizam a importância dos governos e organismos financeiros internacionais priorizarem políticas econômicas para estimular a sustentabilidade por meio da taxação do uso indiscriminado dos recursos naturais, da poluição e despejo de resíduos, da eliminação de subsídios que favoreçam a degradação ambiental e da contabilização de custos ambientais e de saúde (eldredge, 1999; pulitano, 2003).
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Introdução
introdução
em agosto de 2002, em johannesburgo, na áfrica do sul, ocorreu a reunião da cúpula mundial sobre desenvolvimento sustentável (rio + 10), onde 189 países se reuniram para fazer um balanço de uma década de iniciativas para conservar os ambientes do planeta e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, como também para traçar novos rumos para alcançar o desenvolvimento sustentável. porém, constatou-se nessa reunião, que não só os indicadores ambientais estão piorando, de florestas ao clima, mas que o movimento para o desenvolvimento sustentável está enfraquecido por uma crise globalizada, delineada por “uma relativa distensão das relações internacionais, permeada pela perplexidade e o novo conhecimento que as transformações geopolíticas impõem” (capobianco, 2002; pulitano, 2003).
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Introdução
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os indicadores mundiais referentes às questões ambientais, tais como florestas, biodiversidade, água, efeito estufa, consumo de energia, terras cultivadas, pobreza e população, são alarmantes. estima-se, que desde a metade do século passado, o mundo perdeu uma quinta parte da superfície cultivável e um quinto das florestas tropicais (relatório..., 1991). alguns dados, compilados de harrison e pearce (2000), complementados por informações de outros autores, confirmam esse fato:
em 1990, havia 3,960 bilhões de hectares (ha) de florestas nas diversas regiões do planeta; em 2000, a área de florestas havia caído para 3,866 bilhões. estima-se, de acordo com o relatório...(1991), que a cada ano são perdidos 20 milhões de ha de florestas e 25 bilhões de toneladas de húmus por efeito da erosão, desertificação, salinização e outros processos de degradação do solo;
em 1992, estimava-se que cerca de 180 espécies de animais haviam sido extintas e outras mil estavam ameaçadas de extinção; desde 1992, 24 espécies (considerando apenas os vertebrados) foram extintas e 1.780 espécies de animais e 2.297 de plantas estão ameaçadas;
em 1990, a população do planeta usava cerca de 3.500 km3 de água doce por ano; em 2000 o consumo total anual chegou a 4.000 km3 (crescimento de 12,5%). esse problema torna-se mais preocupante em face da redução do suprimento global de água com o aumento da população e dos usos múltiplos e com a perda dos mecanismos de retenção de água (remoção de áreas alagadas e das matas de galeria, desmatamento, perda de volume por sedimentação de lagos e represas); -
Introdução
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em 1990, a humanidade lançava 5,827 bilhões de toneladas de co2 na atmosfera, acentuando o aquecimento global; em 1999 as emissões tinham subido para 6,097 bilhões de toneladas (nos países ricos, de acordo com o pnud (2003), as emissões de dióxido de carbono per capita são de 12,4 toneladas (t) - enquanto nos países de rendimento médio são de 3,2 t e nos países de rendimento baixo, de 1,0 t);
em 1992, o consumo de energia no planeta era equivalente a 8,171 trilhões de toneladas de petróleo por ano; em 2000 o consumo subiu para o correspondente a 9,124 trilhões de toneladas de petróleo por ano;
em 1987, a área da terra usada para a agricultura era de 14,9 milhões de km2 (297 ha/1.000 pessoas); em 1997, o número subiu para 15,1 milhões de km2 (ou seja, cada grupo de mil pessoas passou a contar com apenas 259 ha). de acordo com o relatório...(1991), apenas por conta da salinização, uma quarta parte da superfície irrigada do mundo está comprometida, aumentando os problemas relacionados à fome;
em 1992, o planeta tinha 5,44 bilhões de habitantes; em 2000 a estimativa é de 6,24 bilhões (um crescimento de 13% sobre 1992); e
de acordo com o pnud (2003), dos 67 países considerados com baixo índice de desenvolvimento humano (idh), aumentaram as taxas de pobreza em 37, de fome em 21 e a mortalidade infantil em 14. também, dos 125 países em desenvolvimento, em 54 o rendimento per capita diminuiu.
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Capítulos
- Curso de Gestão Ambiental
- 1 - Apresentação
- 2 - Introdução
- 3 - Objetivo geral
- 4 - A Degradação Ambiental pelo Fator Antrópico
- 5 - Política Agrícola
- 6 - Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)
- 7 - Sistema AMBITEC
- 8 - Recuperação Ambiental
- 9 - Desenvolvimento Sustentável
- 10 - Política Pública
- 11 - Estudo de caso: A política agrícola atual, a pesquisa e o meio ambiente
- 12 - Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
- 13 - Sistemas de Gestão Ambiental: oportunidades e riscos
- 14 - Implantação do Sistema de Gestão Ambiental
- 15 - Fundamentos Básicos da Gestão Ambiental
- 16 - Necessidade e Importância da Gestão Ambiental
- 17 - Comprometimento e Política Ambiental
- 18 - Implementação e Operação do Sistema de Gestão Ambiental
- 19 - Roteiro para um Sistema de Gestão Ambiental
- 20 - Conclusões
- 21 - Ref. Bibliográfic