Curso Online de Farmácia Verde
Identificação e reconhecimento de plantas medicinais, principais utilizações, produção caseira de remédios à base de plantas. Oferece rec...
Continue lendoAutor(a): Marcelo Rigotti
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Espero que você aproveite bem este material, serão bem-vindas e respondidasInformações complementares
Informações complementares
Autor:
Marcelo Rigotti
Engenheiro Agrônomo – Msc Entomologia
Doutorando Horticultura
Docente UEMS e SENAI
Tel.: (67) 8112 - 9799
rigottims@gmail.comBiociência On Line
www.biocienciaonline.netProjeto A cura pelas plantas
www.curaplantas.com.brSumário completo
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Farmácia Verde (PDF)
Referências Bibliográficas
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Informações básicas
Sumário completo
1. Introdução
1.1. O que todos deveriam saber para a correta utilização das plantas
1.2. As plantas e seus usos
1.3. O princípio da fitoterapia
1.4. A origem das plantas medicinais
1.5. Etnobotânica ligação entre o empírico e farmacológico2. Identificação de plantas medicinais
2.1. Identificação dos principais grupos vegetais
2.2. Nomenclatura binomial
2.3. Classificação pelo ciclo de vida
2.4. Herbário de plantas medicinais3. Implantação da Farmácia Verde
3.1. Como montar uma Farmácia Verde
3.2. Casos de sucesso da Farmácia Verde4. Manipulação de remédios caseiros
4.1. Preparação de remédios caseiros com plantas medicinais
4.2. Fitocosméticos, usos cosméticos das plantas medicinais5. Ações terapêuticas das plantas medicinais
5.1. Principais doenças e as plantas para seu tratamento
5.2. Utilização indevida das plantas medicinais
5.3. Plantas invasoras e ruderais com potencial medicinal6. Plantas medicinais condimentares e aromáticas
Apresentação
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1. Introdução
Sumário deste capítulo
Informações complementares
1. Introdução
1.1. O que todos deveriam saber para a correta utilização das plantas
1.2. As plantas e seus usos
1.3. O princípio da fitoterapia
1.4. A origem das plantas medicinais
1.5. Etnobotânica ligação entre o empírico e farmacológicoSumário completo
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1. Introdução
1. Introdução
1.1. O que todos deveriam saber para a correta utilização das plantas
A palavra Fitoterapia é formada por dois radicais gregos: fito vem de phyton, que significa planta, e terapia vem de therapia, que significa tratamento. Ou seja, tratamento utilizando plantas medicinais.
A Fitoterapia foi criada para designar tradições populares de tratamento, nas quais as plantas medicinais são usadas como medicamento. O uso terapêutico de plantas medicinais ficou restrito à abordagem leiga desde o salto tecnológico da indústria farmacêutica ocorrido nas décadas de 50 e 60.
Recentemente, as plantas medicinais consideradas medicamentos de segunda categoria, voltaram à voga com a comprovação de ações farmacológicas relevantes e de uma excelente relação de custo-benefício.
A Alemanha foi o país que investiu primeiro e saiu na frente nesse campo. Pesquisadores dessa área concluíram ser importante sistematizar e estudar as tradições populares do uso de plantas medicinais, como forma de ter uma estratégia para investigação e comprovação farmacológica. Por isso um ramo da antropologia chamado etnofarmacologia (estudo da farmacologia popular de um determinado grupo cultural) tem ganhado importância cada vez maior para o desenvolvimento de novos medicamentos à base de plantas medicinais.
As plantas medicinais têm sido um importante recurso terapêutico desde os primórdios da antigüidade até nossos dias.
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1. Introdução
1. Introdução
1.1. O que todos deveriam saber para a correta utilização das plantas
O uso das plantas medicinais na cura de doenças e melhoria da qualidade de vida tem sido utilizado desde o inicio da humanidade, hoje muitas das receitas que eram apenas do conhecimento popular tem sua eficácia comprovada pela ciência. Na Índia e na China o uso das plantas já faz parte da medicina por pelo menos 2000 anos. No Brasil ainda não se tem um conhecimento razoável sobre a forma de utilização dessas plantas, a maioria dos usuários utilizam as ervas de forma incorreta ou ineficaz, o modismo ainda é uma forma de se conhecer as plantas de uso medicinal, entretanto passageira. As matérias em revistas não científicas tornam o uso das plantas medicinais de certa forma até perigoso, entretanto as reportagens na televisão têm seguido um formato que deveria ser utilizado pelas revistas, como a consulta a especialista da área.
O local e o estado onde a maioria das pessoas adquire as ervas é outro problema que pode até se tornar um risco a saúde, muitas ervas são vendidas na rua ou expostas ao ar livre em feiras e mercados populares, quando o correto seriam essas plantas serem vendidas embaladas e beneficiadas de forma adequada. Tive a oportunidade de presenciar plantas secas ao sol embaladas e serem vendidas nas ruas das cidades.
Essas plantas não possuem princípio ativo algum, podendo ainda sofrer contaminação por microorganismos.
Outro problema da falta de conhecimento sobre a utilização das ervas medicinais esta na forma e dosagem de uso, pois dependendo da forma a planta pode ser eficaz ou não, assim como a dosagem se for baixa pode não ter o efeito procurado se for alta pode causar intoxicações e efeitos adversos. Conheci um caso em que a pessoa usou ervas compradas em raizeiro para emagrecer, tomou um litro de garrafada com os três tipos de ervas em apenas um dia, ou seja, tomou em torno de 10 vezes a dosagem recomendada. A conseqüência foi provavelmente uma alteração hormonal que causou efeito contrário que foi um aumento de peso, mais que o triplo do que tinha antes em pouco tempo.
Ainda é muito comum seguir receitas indicadas por parentes ou vizinhos sem conhecimento das ervas, mas é outro grande risco que pode até agravar a saúde. Foi o caso da utilização do suco de carambola para pacientes crônicos renais, indicada provavelmente pela mídia, esse suco piora a situação desses pacientes, pois a carambola é rica em potássio que não é filtrado pelo rim e se torna tóxico para o organismo.
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1.1. O que todos deveriam saber para a correta utilização das plantas
O conhecimento através dos nomes populares das plantas pode gerar duvidas e enganos na sua utilização, como o caso da espinheira-santa, existem várias espécies sendo comercializadas com este nome, algumas delas sem o efeito comprovado para a Maytenus ilicifolia.
A educação para as Plantas Medicinais deve ser incentivada na sociedade, já que é e sempre vai ser utilizada pelas pessoas na busca da cura das doenças e melhoria da qualidade de vida.
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1. Introdução
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1.2. As plantas e seus usos
A humanidade utiliza os vegetais para proteção da saúde e alívio de seus males desde o princípio de sua existência na Terra, há muito tempo, as plantas medicinais têm sido usadas como forma alternativa ou complementar aos medicamentos da medicina tradicional. O seu uso na medicina popular e a literatura etnobotânica têm descrito o uso dos extratos, infusões e pós de plantas medicinais por vários séculos contra todos os tipos de doenças.
A utilização de plantas medicinais tornou-se um recurso terapêutico alternativo de grande aceitação pela população e vem crescendo junto à comunidade médica, desde que sejam utilizadas plantas cujas atividades biológicas tenham sido investigadas cientificamente, comprovando sua eficácia e segurança.É notável o crescente número de pessoas interessadas no conhecimento de plantas medicinais, inclusive pela consciência dos males causados pelo excesso de quimioterápicos causados no combate as doenças. Remédios à base de ervas que se destinam as doenças pouco entendidas pela medicina moderna – tais como: câncer, viroses, doenças que comprometam o sistema imunológico, entre outras – tornaram-se atrativos para o consumidor.
O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos tempos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez o uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica.
Estas são amplamente comercializadas em farmácias e supermercados em geral, por razões sociais ou econômicas. A crise econômica, o alto custo dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população à assistência médica e farmacêutica são possíveis fatores que levaram as pessoas a utilizar produtos de origem natural.
O uso das plantas medicinais tem que ser feito cuidadosamente, com muito critério, pois as mesmas não fazem milagres e podem levar à intoxicação daqueles indivíduos que desconhecem precauções e contra-indicações destas plantas. Às vezes se imagina que o produto, por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância do conhecimento sobre os efeitos desejados ou não, pode ser desastrosa.X
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1. Introdução
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1.2. As plantas e seus usos
Outro fator de destaque na crescente procura da fitoterapia é a vigente carência de recursos dos órgãos públicos de saúde e os incessantes aumentos de preços dos medicamentos industrializados. No entanto, pela facilidade de obtenção e despreparo de quem as utiliza são também observados casos de intoxicação de plantas tidas como medicinais.
O Brasil é um dos quatro países que apresentam maior biodiversidade em todo o mundo, sendo o primeiro em número total de espécies. Em nossos três milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados de florestas, existem a mais diversificada reserva de plantas do planeta.
Nos últimos anos tem-se verificado um grande avanço científico envolvendo os estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com propriedades terapêuticas. Isto pode ser claramente observado pelo aumento de trabalhos publicados nesta área, tanto em congressos como em periódicos nacionais e internacionais.
O conhecimento da medicina tradicional constitui uma valiosa fonte de informação para realizar pesquisas fitoquímicas e farmacológicas. Este, entre outros motivos, tem gerado um aumento nos últimos anos em seu estudo.
Por isto numerosos países têm empreendido a prática destas pesquisas, que alem do mais, constitui um meio de recuperação de seu acervo cultural em perigo de desaparecer perante o avanço da "medicina moderna".
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1. Introdução
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1.3. O princípio da fitoterapia
Desde a pré-história as plantas eram utilizadas na cura de problemas de saúde, era a única forma de cura conhecida pelos povos e civilizações antigas, até os animais se utilizavam das plantas. Através de experimentos, a sabedoria popular que passou para os descendentes e o cultivo, as plantas conseguiram passar por várias gerações sem perder as suas características.
A sabedoria popular no uso das plantas impulsionou o seu consumo por todos os grupos sociais durante séculos. Foram encontrados indícios da utilização das plantas em todas as civilizações estudadas. O princípio de todo conhecimento está espalhado pelos vários berços da civilização tais como europeu de onde surgiu a melissa (Melissa officinalis), da África apareceu a arruda (Ruta graveolens), dos índios brasileiros surgiu a caapeba (Piper umbellatum) e da Ásia o gengibre (Zingiber officinale).
O mundo vegetal inclui três grupos principais de plantas: superior, intermediário e inferior. Entre estes grupos estão bactérias, algas microscópicas, cogumelos, samambaias, musgos e árvores, entre outros.
A identificação é uma tarefa para especialistas e o limite entre o mundo vegetal e o animal não está tão claro quanto se imagina.
Para simplificar o assunto, vamos considerar nós os humanos e as plantas que tanto bem nos fazem. Livros sobre propriedades medicinais de plantas regularmente parecem tratar as ervas e as plantas medicinais diferentemente. Porém, ervas são plantas anuais, bienais ou perenes que não desenvolvem um tecido lenhoso.
Talvez pelo fato das ervas apresentarem um papel importante histórico e tradição de cura, às vezes elas são tratadas como uma categoria especial de plantas, ou seja, são avaliadas particularmente pelas suas qualidades medicinais, saborosas ou aromáticas.
Como os nomes tradicionais ou populares das plantas medicinais variam muito de acordo com aspectos regionais e culturais, a melhor maneira de se agrupar as plantas é através do seu nome científico e seguido dos seus nomes populares.
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1. Introdução
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1.4. A origem das plantas medicinais
Embora seja difícil a determinação da origem exata das principais plantas medicinais em uso no Brasil, algumas que já têm seu uso comprovado por testes farmacológicos tem o seu centro de origem bem definido, são principalmente de origem européia. Uma grande parte das plantas com origem no Brasil foi testada e patenteada. Hoje no país existem duas ou três plantas em estudos para comprovar sua eficácia farmacêutica.
Plantas de origem européia
Veio juntamente com a colonização portuguesa e de outras civilizações da Europa, estas plantas se difundiram mais fortemente na região Sul do país. Estas plantas são de uso mais difundido e se adaptam melhor nos climas mais frios. É o caso da melissa (Melissa officinalis), da erva doce (Foeniculum vulgare), dos vários tipos de manjericão (Ocimum sp.), das mentas (Mentha sp), a camomila (Matricaria chamomila), a alcachofra (Cynara scolymus).
Plantas de origem africana
Apareceu junto com o tráfico de escravos para o Brasil, nos séculos XVI e XVII. As plantas eram de uso em rituais religiosos. São mais encontradas na Bahia.
Pelo intenso uso pelos escravos, conhecemos e começamos a utilizar plantas como a arruda (Ruta graveolens), o jambolão (Syzigium jambolanum), a insulina (Cissus cyssioides) a caferana (Vernonia condensata), a babosa (Aloe vera), os vários tipos de boldo do gênero Plectranthus.
Plantas de origem indígena
O conhecimento dessas plantas provém do seu extenso uso pelos indígenas brasileiros. Essas plantas são conhecidas em todas as regiões do Brasil. Dentre as plantas mais utilizadas pelos índios estão a caapeba (Piper umbellatum), o abajerú (Chrisobalanus icaco) e o urucum (Bixa orellana).
Plantas de origem oriental
Foram trazidas pelos imigrantes chineses e japoneses para o Brasil, mas é mais comum no estado de São Paulo. Os orientais trouxeram para o Brasil espécies como o gengibre (Zingiber officinale), a lichia (Litchi chinensis) e a raiz forte (Wassabia japonica). Outras plantas medicinais de origem oriental foram trazidas pelos portugueses durante suas navegações até a Ásia, e são mais utilizadas pelo seu valor culinário, como a canela (Cinnamomum cassia) e o cravo (Eugenia caryophyllata).
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