Curso Online de  Introdução à Genômica e Proteômica

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 Introdução à Genômica e Proteômica

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O curso Introdução à genômica e proteômica tem o intuito de compilar informações para que os interessados sobre a temática possam aprimorar seu conhecimento sobre as principais características da área, tais como: abordagem molecular em escala genômica aplicada ao estudo do câncer, terapia celular em doenças autoimunes, citogenética clássica e molecular.

Conceituar Genômica: Genômica é o ramo da biologia que se concentra no estudo e análise dos genomas,
ou seja, o conjunto completo de DNA de um organismo, incluindo todos os seus genes. Ela abrange o mapeamento, a sequência, a análise e a comparação de genomas para compreender a estrutura, função, evolução e interação de genes e elementos genéticos. Com o avanço das tecnologias de sequenciamento, a genômica tem se tornado uma ferramenta crucial na medicina personalizada, permitindo diagnósticos mais precisos e tratamentos adaptados ao perfil genético individual. Além disso, é fundamental para a pesquisa em biologia, biotecnologia e muitas outras áreas científicas.

Células-Tronco Somáticas: As células-tronco somáticas, também conhecidas como células-tronco adultas,
são um tipo de célula presente em tecidos maduros do corpo que possuem a capacidade de autorrenovação e diferenciação em diferentes tipos celulares específicos do tecido de origem. Elas desempenham um papel crucial na manutenção, reparação e regeneração dos tecidos ao longo da vida de um organismo. Ao contrário das células-tronco embrionárias, que têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo celular, as células-tronco somáticas são geralmente mais limitadas em seu potencial de diferenciação, sendo pluripotentes ou multipotentes, dependendo do tecido de origem. São amplamente estudadas na medicina regenerativa e terapias celulares, com o objetivo de tratar diversas condições, como doenças degenerativas, lesões e certas formas de câncer.

Células-Tronco Leucêmicas: As células-tronco leucêmicas são um subgrupo de células-tronco malignas que
originam e sustentam a leucemia, um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea. Essas células são semelhantes às células-tronco hematopoéticas normais, que dão origem aos componentes do sangue, mas, ao contrário destas, elas apresentam mutações genéticas que causam crescimento descontrolado e resistência à morte celular. As células-tronco leucêmicas são responsáveis pela perpetuação da doença, pois podem gerar outras células cancerígenas, contribuindo para a progressão e recaída da leucemia, mesmo após tratamentos como quimioterapia ou radioterapia. Por isso, são alvo de intensa pesquisa para o desenvolvimento de terapias que visem erradicar essas células específicas, com o objetivo de alcançar curas mais efetivas e duradouras para os pacientes com leucemia.

Células-Tronco Pluripotentes: As células-tronco pluripotentes são um tipo especial de célula-tronco que possui a capacidade de se diferenciar em quase todos os tipos celulares do corpo, exceto as células da placenta e anexos embrionários. Elas têm um potencial de desenvolvimento extremamente amplo, sendo capazes de originar células de todos os três folhetos germinativos: ectoderma, mesoderma e endoderma, que dão origem a tecidos como pele, músculo, osso, sangue, neurônios, entre outros.

A citogenética é o ramo da genética que estuda os cromossomos, suas estruturas, funções e heranças, tanto em condições normais quanto patológicas. A citogenética clássica envolve técnicas tradicionais, como o cariótipo, onde os cromossomos são corados e observados ao microscópio para análise de anomalias numéricas e estruturais, como trissomias, deleções e translocações. Esse tipo de análise é fundamental no diagnóstico de diversas síndromes genéticas, como a síndrome de Down, e em estudos de evolução e biodiversidade.
Por outro lado, a citogenética molecular incorpora métodos mais avançados e precisos, como a hibridização in situ fluorescente (FISH) e a hibridização genômica comparativa (CGH), que permitem a detecção de alterações cromossômicas sutis que não seriam visíveis pelas técnicas clássicas. Essas metodologias são essenciais na pesquisa genética moderna, especialmente no estudo do câncer, onde rearranjos cromossômicos específicos podem ser identificados e correlacionados com tipos específicos de tumores, orientando tratamentos personalizados.

Enquanto a citogenética clássica fornece uma visão geral e abrangente dos cromossomos, a molecular
traz um nível de detalhe que é essencial para a compreensão das bases genéticas de muitas doenças, refletindo a evolução contínua das técnicas genéticas na medicina e na biologia.

A terapia celular é uma abordagem emergente e promissora no tratamento de doenças autoimunes, onde o sistema imunológico ataca o próprio corpo, resultando em inflamação crônica e dano tecidual. Essa modalidade terapêutica envolve a utilização de células vivas, muitas vezes modificadas ou selecionadas para restaurar o equilíbrio imunológico e suprimir as respostas autoimunes patológicas.
Um dos principais enfoques da terapia celular em doenças autoimunes é o uso de células-tronco hematopoéticas (CTHs), que têm a capacidade de regenerar o sistema imunológico. Esse tratamento envolve a coleta de CTHs do paciente, seguida por quimioterapia ou radioterapia para eliminar o sistema imunológico defeituoso, e, posteriormente, a reinfusão das células-tronco, que reconstituem um sistema imunológico funcional e saudável. Esta abordagem tem mostrado resultados promissores em doenças como esclerose múltipla e lúpus eritematoso sistêmico.