Curso Online de RACISMO ALIMENTAR

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  • RACISMO ALIMENTAR

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    RACISMO ALIMENTAR

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    Curso destinado aos interessados pelo assunto e a modalidde é primordial para oportunizar as pessoas de qualquer lugar do mundo condições de realizar o curso.

  • RACISMO ALIMENTAR

    A imposição da pobreza gera o racismo alimentar.
    É nítido o problema do racismo no Brasil pq não dizer no mundo.

    A questão da falta de alimentação é mais frequente na população negra.

  • Como já escrevia Carolina Maria de Jesus em seu diário, em 1955, “a fome é a escravatura atual”. Esse artigo poderia fazer referência ao passado colonial e escravista, mas não. O ano é 2022 e a fome atinge 65% dos lares da população negra do Brasil. Isso ainda é escravidão! 

  • Os dados recentes divulgados no II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, produzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), explicitam a realidade da população negra ao não direito a alimento. São 33 milhões de brasileiros/as sem ter o que comer diariamente.

  • No artigo publicado em 2020 Racismo e Sistemas Alimentares, descrevo como o racismo no Brasil tem distanciado a população negra do acesso à terra e alimento de qualidade. Contudo, observamos que essa população segue submetida a violações, entre elas o não direito à alimentação adequada e saudável. Esta imposição é aqui descrita como racismo alimentar, sendo uma das tantas facetas do racismo estrutural que é mantido no país.

  • A alta no preço dos alimentos nos últimos anos tem levado a mudanças de hábitos alimentares em famílias de baixa renda, com abandono de culturas alimentares e aumento elevado do consumo de ultraprocessados. E não é uma opção ou escolha. É vivenciado no Brasil um desmonte de políticas públicas de erradicação da fome e da pobreza, entres elas as de incentivos à produção e ao consumo de alimentos agroecológicos e de promoção à saúde.

  • A insegurança alimentar tem atingido também comunidades negras rurais e quilombolas. Neste caso, está associada na maioria das vezes ao não acesso à água, território e políticas públicas.

  • Proporcionalmente, a situação dos habitantes em área rural é mais grave, mas o contingente de famintos em área urbana, cerca de 27 milhões, é assustador e revela o fosso social existente nas cidades brasileiras.

  • Portanto, não podemos olhar para a fome isoladamente, é preciso ver o racismo e sobretudo entendê-lo como parte de um projeto político capitalista que mantém a população negra sem acesso a direitos.


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