Curso Online de EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA
O Curso Educação para Diversidade e Cidadania, é destinado a profissionais da educação que buscam por meio da formação continuada, atuali...
Continue lendoAutor(a): Educação Digital
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- Aurineide Rodrigues Araújo
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Formação humana para a cidadania e educação escolar
A primeira constatação que é preciso fazer é que a palavra cidadania tem sido muito proferida e em muitos casos pouco esclarecida. Proferimos a palavra e sabemos pouco do seu conteúdo.
Convido-os a refletirmos e pensarmos juntos sobre o tema cidadania, formação humana e educação escolar.
Para tal organizei esta fala em três partes: na 1ª parte abordo a origem da palavra cidadania; na 2ª o seu conteúdo na modernidade e após a Revolução Francesa e na 3ª o que hoje podemos considerar cidadania e as contribuições que a educação escolar pode fazer para tal. -
Cidadania entre os povos latinos- A cidadania em português, corresponde:
em espanhol, ciudadanía;
em italiano, cittadinanza;
em francês, citoyennité;
Já a cidadão em português corresponde no espanhol ciudadano; cottadino no italiano e citoyen no francês.
Temos, então que cidadania está na história dos povos latinos, cuja constituição está ligada à cultura greco - romano. -
Sobre a palavra Cidadania - Se perguntarmos pelo étimo(origem) da palavra cidadania, temos:
que deriva do latim civitas, que é cidade em latim, no mundo romano;
corresponde a pólis, a Cidade-Estado dos gregos- daí deriva política governo da cidade.
a Antiguidade Grega e Romana era um mundo de cidades; Roma chegou no século I d.C. a um milhão de habitantes.
Portanto, a palavra cidadania, está desde sua origem, associada à vida na cidade, ao governo da cidade. -
O Coliseu- sua construção data de 70 a 80 d. C.
Tinha capacidade para receber até noventa mil espectadores.
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Imagem do Senado Roma Antiga
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Seu surgimento na língua portuguesa
Segundo o Dicionário Etimológico de José Pedro Machado, cidadania, na língua portuguesa, surge no século XIII- e se reportava, nesse final de Idade Média ao homem que vivia no burgo, na cidade medieval, aquele que não estava
“adscrito” ao feudo;
A final uma minoria, se considerarmos que na Idade Média a vida se faz no feudo, cerca de 90% da população vivia no campo
Portanto, desde já podemos fixar três sentidos associados a cidadania: do latim: vida na cidade, governo da vida na cidade e liberdade por oposição ao servo da gleba. -
A Cidadania na cidade medieval
Liberdade entendida aqui como libertação da servidão. O servo da gleba fugia então dos feudos e penetrava nos muros da cidade, onde se considerava ao mesmo tempo protegido e livre do senhor feudal e da sujeição que devia a ele (a vassalagem). Daí o dito que demonstra o "espírito da época" (cf. Maria Encarnação B. Spósito): "O ar da cidade é o ar da liberdade" ou, melhor, "o ar da cidade é libertador" (Stadtluft macht frei).
Tratava-se, como é claro, de uma liberdade de fato, o que não
impedia de torná-las pólos de atração para uma população que
crescia desde o século XI.
Mas, ligado ao renascimento do comércio, o processo de urbanização da Europa da Idade Média um fenômeno complexo e controvertido era "lento demais para permitir às cidades absorver a imigração em massa da população rural" (Bronislaw Geremek). -
Cidade Medieval e seus oficinas de artes e ofícios
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Mas é na Modernidade (1789- marco da Revolução Francesa para cá) que
cidadania ganha mais sentidoEm outubro de 1774, na França, Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais, autor da peça - Bodas de Fígaro, depois musicada por Mozart, empregava num discurso, a palavra citoyen, para se referir ao homem livre; ao homem que rompe com o antigo Regime de adscricão feudal, que se pauta pela razão e por estar na cidade.
Diziä: “Sou um cidadão; isto é, alguma coisa de novo, de inaudito; nem financeiro, nem abade, nem cortesão, nem favorito; nem NADA QUE SE POSSA CHAMAR PODER... Sou um cidadão -o quê os senhores deviam ser desde há
duzentos anos e hão de ser dentro de vinte, talvez". -
Bodas de Fígaro
Trata, entre outros temas, do direito feudal do senhor....
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Contudo>>>A maioria da população, ao final do século XVIII, era camponesa, não citadina.
Poucas eram, então, as cidades, a mais numerosa era Londres com um milhão de habitantes, seguida de Paris com meio milhão e, umas outras, com uma população de 100 mil ou mais: duas na França, duas na Alemanha, talvez quatro na Espanha, cinco na Itália, duas na Rússia,, e apenas 1 em Portugal, na Polônia, na Holanda, na Áustria, na Irlanda, na Escócia e na Turquia.
O verdadeiro homem da cidade tinha desprezo pelo campo atrasado, ainda que dele depende-se porque a cidade ainda dependia do que o campo produzia, dos impostos que arrecadava, dos que o abandonavam e se constituíam operários assalariados nas manufaturas e indústrias nascentes nas cidades.
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Capítulos
- Formação humana para a cidadania e educação escolar
- Direitos políticos e direitos Sociais
- O professor e a construção do saber para a cidadania
- A Ética e a Pedagogia
- Concepção dialética de construção de conhecimento
- Diversidade cultural na escola
- Educação para a convivência
- Etnocentrismo, estereótipo e preconceito
- A dinâmica cultural, o respeito e a valorização da diversidade
- O sentido de educar
- O papel da escola
- Pluralidade cultural, diversidade e cidadania
- Cidadania e Liberdade de Educação
- Formação Ética do Educador
- Repensar a escola e a formação docente
- Desigualdade social e educacional
- Educação para as Relações Étnico-Raciais
- Uma educação política
- Uma prática educativa dialógica participativa e democrática
- Ética e Cidadania
- Relações entre Ética e Cidadania