Curso Online de Gestão financeira estratégica
Este curso apresenta um recorte do universo da gestão financeira estratégica, mostrando por meio de alguns principais conceitos, elemento...
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- Gestão financeira estratégica
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Fundamentos da gestão financeira estratégica
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Quando falamos em gestão financeira, tal ideia nos remete a uma infinidade de imagens: um porquinho cheio de moedas para uma criança, uma conta bancária “recheada” para alguns, a aqui- sição de um carro novo, a mudança para aquela casa e/ou apar- tamento dos sonhos, a realização de uma viagem bacana, entre outras situações. Isso acontece porque gerir as finanças de ma- neira estratégica nos remete a uma sensação de bem-estar, de sucesso financeiro.
Neste capítulo, conheceremos quais são os fundamentos da ges- tão financeira estratégica, ou seja, os principais conceitos, definições e termos utilizados no universo das finanças, lembrando que, neste conteúdo, o foco está sobre as finanças empresariais. Falaremos so- bre como ela é feita, a importância da alocação de recursos e como organizamos inicialmente as finanças; apresentaremos as funções da administração financeira estratégica, isto é, como se dá no dia a dia das empresas e, por fim, exploraremos quais são os objetivos e as atividades mais comuns praticadas nas empresas para o desen- volvimento de uma gestão financeira estratégica.
1.1 Alocação de recursos e
organização financeira
Vídeo
Alocar recursos significa organizá-los de forma eficiente. É uma prática que envolve muito mais do que “juntar” dinheiro, investi- mentos e bens. Significa organizar de forma produtiva esses re- cursos e destiná-los a um determinado fim, ou seja, para alguma atividade específica. -
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A alocação de recursos nas empresas envolve orientar os recur- sos financeiros para alcançar lucros. Quando falamos em recursos, estamos nos referindo aos ativos que estão relacionados à produ- ção e ao comércio de bens e serviços nas empresas. O objetivo da organização financeira empresarial, que ocorre a partir da alocação eficiente de recursos, é, para a empresa privada, um retorno finan- ceiro compatível com o risco assumido, e, para a pública, um lucro que representa uma gestão eficiente que visa melhorar os serviços prestados à sociedade (BRAGA, 1989).
A otimização no uso dos recursos para que a empresa tenha ca- pacidade de atingir seus objetivos também deve estar envolvida na alocação de recursos. Isso implica, para os gestores financeiros, a ne- cessidade de conhecer todo o funcionamento da empresa, ou seja, os gestores precisam entender como todas as áreas da empresa intera- gem (BRAGA, 1989). Isso significa que os gestores devem ter uma visão holística da empresa, isto é, uma visão integrada dos setores de atua- ção. Dessa maneira, é possível entendermos como cada setor produz e interage com o outro e, assim, quanto recurso há disponível e como é possível trabalhá-lo de modo eficiente.
As fontes de recursos que podem estar disponíveis para a empresa também se diferem e podem ser: fontes de recursos próprios, que são as reservas, os lucros retidos; fontes de recursos de terceiros, advindas de dívidas e outros compromissos; fontes de recursos permanentes, ou seja, os recursos próprios e as dívidas de longo prazo; fontes de recursos advindos de compromissos de curto prazo, chamadas de recursos tempo- rários; e fontes de recursos chamados onerosos, que implicam despesas financeiras e fontes de recursos não onerosos, que não implicam essas despesas. Gerir essas fontes de recursos requer que a empresa se ade- que a prazos e custos, conforme interage com o ambiente em que está inserida e com seus parceiros (BRAGA, 1989).
Além disso, gerir eficientemente os recursos significa analisar os projetos de investimento, o que vai além de conhecer o funcionamento da empresa com relação à integração de suas áreas. Esses projetos são representados pela definição e distribuição de ativos, estoques e con- tas a receber, bem como os também chamados ativos operacionais, por exemplo, além de imóveis, entre outros, que podem ser operacionais ou não, como aplicações financeiras. É importante entendermos que, -
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quando aloca recursos na forma de ativos, a empresa está lidando com custos financeiros, porque ela sofre o custo de oportunidade em fazer essa escolha, buscando a geração de receitas, ou seja, de lucros futu- ros, com cada ativo (BRAGA, 1989).
Segundo Neto (2012), no que implica articular de forma eficiente a busca e alocação de recursos em torno dos objetivos da empresa, a organização financeira depende cada vez mais da atuação do gestor financeiro, para além de um organizador das técnicas e ferramentas utilizadas na administração financeira. O administrador de finanças precisa ter mais atenção sobre as informações estratégicas e outros valores que a empresa integra.
Dessa forma, para organizarmos as finanças, é importante enten- dermos melhor o que significa administrar. O processo de administrar é também decidir e, especialmente, com que qualidade as decisões são tomadas. Conforme aponta Neto (2012), a tomada de decisão é uma prá- tica essencial porque requer conhecimento sobre diferentes funções da empresa, diferentes áreas e suas respectivas informações, o que reforça a ideia de Hoji (2012), para quem a empresa é um sistema dinâmico que necessita da interação eficiente entre seus setores e atores.
A administração financeira vem evoluindo ao longo do tempo, prin- cipalmente após a década de 1920, época em que os negócios sofreram mudanças e se tornaram mais complexos. Devido a essas transforma- ções, a área financeira não é mais apenas aquela que contabiliza os fatos, descrevendo-os e mensurando-os, mas sim a que busca sempre entender o motivo de determinados comportamentos e quais os efeitos deles. Segundo Neto (2012), com o passar do tempo, a administração financeira recebeu influência das teorias da administração, começando a olhar não apenas para fatores externos, como fornecedores, acio- nistas, isto é, as formas de alocação de recursos, mas também para os fatores internos da empresa, buscando desenvolver e melhorar sua estrutura.
Essa evolução da administração financeira se refletiu na transfor- mação e no aperfeiçoamento da alocação de recursos, que passou a olhar também para fontes de financiamento, investimentos retorno e custo de capital com foco nas decisões financeiras. Mais ainda, a partir da década de 1990, o tema da gestão de risco ganhou relevân- cia, juntamente com o aprimoramento dos chamados indicadores eco-
Uma dica interessante para o melhor enten- dimento da dinâmica da gestão financeira
empresarial é conhecê-la e aplicá-la no âmbito pessoal. Um livro que pode abrir os olhos para aspectos importantes, alertar para uma mudan- ça de comportamento
e um possível caminho para novas realizações é
o Do Mil ao Milhão. Sem cortar o cafézinho.
NIGRO, Thiago. São Paulo: HarperCollins, 2018.
Livro -
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nômicos e financeiros relacionados ao mercado, como taxa de juros, câmbio, cotações, entre outros. Também foi na década de 1990 que as estratégias da administração financeira se voltaram para o conceito de criação de valor, juntamente com o movimento da globalização das finanças, que assim se caracterizou devido à integração das economias mundiais, mais interdependentes e expostas aos riscos de mercado (NETO, 2012).
A administração financeira, como podemos notar, é uma área de estudo que envolve tanto a teoria quanto a prática. Conforme evolui e se modifica ao longo do tempo, é exigido cada vez mais que o gestor financeiro seja capaz de gerenciar os recursos financeiros de forma di- nâmica, considerando metas estratégicas e o todo em que a empresa está inserida. Segundo Neto (2012), essa evolução conceitual e práti- ca da administração financeira permite que explicações mais lógicas e completas deem significado aos comportamentos financeiros, distan- ciando-se do pensamento meramente descritivo e restrito.
Com relação às atividades financeiras, ainda conforme Neto (2012), al- gumas funções podem ser, por exemplo, planejamento e controle finan- ceiro, administração de ativos e passivos, em que a empresa será avaliada segundo a forma com que toma decisões, como decisões de investimen- tos em que os recursos são aplicados , e decisões de financiamentos
em que os recursos são captados. Além disso, as decisões financeiras também se referem a decisões de dividendos que envolvem a distribui- ção ou retidão de lucros aos acionistas , em que há a integração e o ali- nhamento das diferentes áreas responsáveis por essas decisões.
1.2 Funções da administração
financeira estratégica
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Uma das principais funções da administração financeira é gerir o conjunto de atividades que ocorre dentro das empresas, especialmen- te com relação aos seus recursos. Isso porque a função crucial da em- presa é obter os recursos que são necessários para a determinação da estratégia que visa maximizar, isto é, otimizar esses recursos. Com isso, a função financeira, em qualquer empresa, importa essencialmente na estruturação das atividades operacionais, ou seja, seu desenvolvimen- to a fim de que a empresa tenha sucesso (BRAGA, 1989). -
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As funções financeiras estão relacionadas desde a compreensão de elementos que compõem e caracterizam a gestão financeira, até o que é realizado com os lucros. Dessa forma, as funções financei- ras estão na identificação dos investimentos que vão constituir as formas de produção e estruturar a empresa, como instalações, má- quinas e imóveis. Já outras funções se referem ao estabelecimento das atividades operacionais, bem como a alocação de recursos para sua realização dispêndio de mão de obra, pagamento de salários, demais despesas, outros custos.
Segundo Braga (1989), o financiamento das operações, a aplicação de recursos em estoques, a obtenção de recursos nas instituições fi- nanceiras, assim como as receitas de vendas e a forma como será a distribuição de lucros são considerações que se referem a como os recursos estarão em movimento na empresa, ou seja, as funções da gestão financeira estão relacionadas a toda estruturação do fluxo de recursos que são definidos e desenvolvidos nas empresas.
Nesse sentido, segundo Braga (1989), a alocação de recursos e os objetivos e atividades das empresas se fundam a partir de como elas definem e desenvolvem suas funções. As duas tarefas essenciais que norteiam essas funções são a aquisição dos recursos para a empresa da forma mais proveitosa possível, com relação à facilidade de acesso, e a alocação eficiente desses recursos.
Dessa forma, garantir um fluxo de recursos, alocando-os e orga- nizando-os, garantir liquidez e rentabilidade, estabelecer metas para a administração financeira, utilizar de forma eficiente as informações relacionadas à contabilidade, conhecer e desenvolver as áreas de de- cisões financeiras, organizando de maneira eficiente o setor financeiro da empresa, contemplam, de modo geral, as funções da administração financeira estratégica (BRAGA, 1989; HOJI, 2012).
A partir disso, entendendo um pouco melhor quais são as funções da administração financeira, perguntamos: o que significa essa admi- nistração ser estratégica? A importância de conhecer as funções da gestão financeira é nortear quais são os elementos e aspectos a serem pensados e desenvolvidos com relação ao universo financeiro da em- presa. No entanto, essas funções só se tornam fundamentais para a gestão financeira quando entendidas pelo ponto de vista da estratégia. -
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Estratégia é um conceito polissêmico, isto é, estratégia é um constru- to que possui diferentes significados, dependendo da vertente teórica e do contexto em que é empregada. No entanto, quando falamos em economia e finanças, especificamente, podemos pensar na estratégia como o caminho que a empresa traça para alcançar vantagens compe- titivas. Vantagens competitivas são atributos que diferem a empresa de seus concorrentes, isto é, quando a empresa consegue gerar maior valor econômico no momento em que é comparada às suas concorren- tes (BARNEY; HESTERLY, 2011).
Nesse sentido, ainda segundo os autores, por meio da estratégia, a empresa pode minimizar a probabilidade de realização de erros, ao passo que acompanha, de forma sistemática, o processo de adminis- tração estratégica. Essa administração se refere a um conjunto de as- pectos que busca orientar a empresa à adoção do que seria a melhor estratégia possível, para que a empresa atinja seus objetivos e, espe- cialmente, obtenha vantagens competitivas.
Além das vantagens competitivas, há demais conceitos e aspec- tos que se associam à gestão financeira estratégica e que compõem o processo de gestão estratégica da empresa, com relação tanto aos aspectos e elementos da dinâmica interna à empresa quanto à dinâmica externa.
1.3 Objetivos e atividades das empresas
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Os objetivos e atividades das empresas que dão sustentação para a gestão financeira estarão, muitas vezes, voltados para que a empresa priorize seu valor de mercado, o que significa buscar a maximização de sua riqueza. Segundo Hoji (2012), essa valorização dos recursos se refere tanto aos bens físicos e materiais das empresas, quanto ao seu capital investido, se esse for o caso.
Como objetivo principal, as empresas buscam ter retornos fi- nanceiros que justifiquem, melhor dizendo, compensem sua ex- posição ao risco assumido em determinadas decisões, transações, investimentos, novas atividades, entre outras situações do dia a dia. Essa recompensa ao risco se refere a resultados econômicos e financeiros, normalmente relacionados a períodos de médio a longo prazo (HOJI, 2012).
A visualização de como estratégias pessoais e empresariais podem coincidir e conflitar, não deixando de lado
aspectos polêmicos sobre as escolhas estratégicas, mas não menos inspira- dores, está implicada no filme The Founder ou, em português, Fome de Poder, lançado em 2016.
Direção: John Lee Hancock. Diamond Films. 2016.
Filme -
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Com isso, a empresa pode ser entendida como um sistema que visa reproduzir e aumentar os recursos financeiros nela investi- dos, tanto em âmbito privado quanto público (BRAGA, 1989). Para Hoji (2012), a empresa pode ser entendida como um sistema que funciona de forma dinâmica aberta ao ambiente porque deve representar os interesses dos diferentes atores que estão a ela re- lacionados, como os administradores, aqueles que lidam com os aspectos da gestão de forma direta, os colaboradores e as demais esferas que integram o ambiente em que a empresa opera, além do governo, dos fornecedores, dos clientes e demais parceiros.
Entender a empresa como esse sistema que visa criar e gerar rique- zas implica reconhecer seus integrantes, administradores, colaborado- res e parceiros e também as características do ambiente em que está inserida, como, por exemplo, se caracteriza seu setor produtivo, o setor de serviço que oferece, o ambiente virtual em que atua. Por isso, as atividades empresariais podem ser diferenciadas e classificadas. Uma forma de diferenciação é entre atividades de operações, de investimen- tos e de financiamentos (HOJI, 2012).
As atividades operacionais dão estrutura ao aspecto operacio- nal da empresa, ou seja, fazem referência às atividades de geração de lucro, das contas, compra e venda das matérias-primas, dos ele- mentos que envolvem a prestação de serviço como distribuição, aluguel, elaboração dos salários, aspectos jurídicos, controle das contas, entradas e saídas de recursos , quando for o caso, entre outros aspectos que integram as atividades básicas e estruturantes da empresa. Dessa forma, segundo Hoji (2012), podemos classificar as atividades operacionais como aquelas que dão forma ao planeja- mento estratégico empresarial.
As atividades de investimento, por sua vez, são aquelas que dão suporte às atividades operacionais, caso a empresa trabalhe com as contas de investimentos, sejam eles temporários ou os chamados per- manentes. Os investimentos, nesse caso, referem-se aos recursos apli- cados que, quase sempre, servem para estruturar a empresa, como a obtenção de máquinas e equipamentos ou demais bens de valor con- siderável e que estruturam a capacidade produtiva da empresa, e/ou o capital que é aplicado (HOJI, 2012). -
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Ainda, Hoji (2012) explica que as atividades de financiamentos são aquelas que refletem as decisões da empresa com relação à forma como irá financiar suas atividades de operações e de investimentos. Quando são estudadas as contas financeiras aquelas que se referem aos chamados ativos e passivos financeiros , é possível entendermos que as atividades de financiamentos são aquelas que caracterizam as contas do passivo financeiro e também do chamado Patrimônio Líquido.
Quando, então, pensamos na empresa como um sistema que deve buscar gerar riquezas por meio de seus integrantes e realização de suas atividades sendo elas operacionais, de investimentos e financia- mentos , podemos entender a empresa como esse sistema dinâmico que funciona pela existência de ciclos (HOJI, 2012).
Os ciclos, nesse sentido, são o operacional quando se pensa na atividade inicial de compra de matéria-prima e no recebimento da venda, por exemplo , em que o ciclo é o tempo existente entre o prazo de rotação dos estoques e o prazo de receber pela venda efetuada; o ciclo econômico, que representa desde o processo de compra de matéria-prima até a venda do produto fabricado, quando a empresa recebe pela venda de determinado produto e/ou serviço advindo dessa matéria-prima. Assim, o ciclo econômico ocorre en- quanto a empresa desembolsa com a compra das matérias-primas. O ciclo financeiro, no entanto, normalmente se caracteriza pelo iní- cio da compra da matéria-prima com o primeiro recebimento refe- rente à venda (HOJI, 2012).
Esses processos chamados também de ciclos são classificados em estratégias, ferramentas e instrumentos, que são base para a gestão, ou seja, para a administração financeira das empresas. É importante ressaltar, a partir dessas considerações, que a definição do objetivo da empresa não é algo fácil de se fazer porque implica se orientar ou para satisfação dos proprietários ou para o que pode ser a atribuição de um bem-estar social (NETO, 2012).
Nesse sentido, a maximização do lucro como objetivo principal da empresa está sujeita a diversas controvérsias, principalmente porque não mensura, por exemplo, o quanto a empresa é capaz de efetuar seus pagamentos. Não leva em consideração o risco, sendo o lucro en- tão uma medida de desempenho que, no longo prazo, não leva em conta os riscos associados às atividades da empresa. Da mesma forma,
Para entender um pouco mais sobre o que é o valor de mercado e como a empresa caminha na construção do seu valor, agregando seus objetivos buscando sempre ser bem-sucedida, especial- mente no quesito dife- renciação, em que preço não é entendido como valor, o livro “Como Vender Valor: O revolucionário sistema Venda + Valor para resolver os problemas dos clientes e vencer” é uma dica interessante de leitura e reflexão.
ROCCATO, P. L. 2. ed. São Paulo: Editora Portal do Canal, 2018.
Livro -
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o lucro não demonstra como os resultados da empresa podem ser dis- tribuídos ao longo do tempo (NETO, 2012).
Por essas avaliações, segundo Neto (2012), é que o chamado valor de mercado se caracteriza como um critério bem utilizado para indicar a tomada de decisões financeiras na empresa. O valor de mercado é a riqueza dos acionistas, e é por meio de instrumentos decisórios como fluxos de caixa, taxa de atratividade e risco, isto é, expectativas dos investidores, que podem se alterar ao longo do tempo que se deter- mina o valor de mercado de uma empresa.
Assim, os objetivos e atividades da empresa estão constantemen- te sendo alinhados para que haja geração de riqueza, isto é, para o aumento do valor de mercado da empresa. Para isso, como colocado anteriormente, existem diferentes ferramentas e indicadores para nortear a tomada de decisão. No entanto, o gestor financeiro é um administrador que deve estar além de dados descritivos e ser um en- tendedor de todo o contexto em que a empresa está inserida, conhe- cendo sua dinâmica e buscando explicações cada vez mais completas sobre as mudanças de comportamentos financeiros e no âmbito da economia de forma geral.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecer os fundamentos da gestão financeira estratégica pode faci- litar a forma como indivíduos, sendo gestores ou não, melhor compreen- dem as atividades que envolvem os âmbitos econômico e financeiro das empresas, sejam atividades do contexto operacional ou do contexto da tomada de decisões estratégicas.
Diante da complexidade da sociedade moderna e das consequências da globalização em todos os setores, especialmente no financeiro, as transformações constantes na economia demandam maior capacitação de gestores e colaboradores no entendimento dos novos papéis das or- ganizações atuais, especialmente no que se refere à competitividade e sobrevivência das empresas a longo prazo.
Nesse sentido, para participar dos processos, atividades e decisões do setor financeiro, é preciso que mais e mais pessoas sejam capacitadas e conheçam a área financeira, o que vai além da descrição de números e re- gistros contábeis, mas buscar explicações cada vez mais completas para as questões que constantemente emergem na realidade empresarial. -
ATIVIDADES
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Por que a visão holística do gestor é importante na alocação eficiente de recursos para a empresa?
Sobre as diferentes funções desenvolvidas pela área financeira, é preciso entender quais são e como os recursos se movimentam na empresa, relacionando as funções com o fluxo de recursos que estão em constante circulação. Nesse sentido, descreva quais são essas funções que são desenvolvidas pela área financeira.
Sabendo que a maximização da riqueza é buscada incessantemente pelas empresas, explique qual é o objetivo principal do exercício da gestão financeira estratégica que corrobora para que a organização valorize sua riqueza.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989.
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2012.
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