Curso Online de TEOLOGIA DA ORAÇÃO
Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente. Um estudo dos exemplos b...
Continue lendoAutor(a): Seminary Of Education Biblical
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Seminary of Education Biblical
(SEMINEB)TEOLOGIA
DA
ORAÇÃO -
AUTORIA
Pb. Cpl. MAYCON G. F. DE ASSUNÇÃO
Tem 27 anos. É casado com a profª. Kátia Assunção; pai de três filhos. Serve a igreja como Presbítero, Coordenador de E.B.D. e Coordenador de Adolescentes e Jovens na Assembleia de Deus em Murinin-Benevides/PA. É credenciado Capelão Evangélico pela OCEB (Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil); Fundador e Coordenador do SEMINEB (Seminary of Education Biblical); está Bacharelando Em Teologia pelo ITAV (Instituto Teológico Amazônia Viva); é formado no grau Médio Em Teologia pelo IETAF (Instituto de Educação Teológica Filadélfia); certificado em Evangelismo Pessoal pela ABS (Agência Evangélica de Busca e Salvação); é Coordenador de Ensino e Professor de Teologia no Núcleo Teológico JEA. Atua no Aconselhamento de Jovens e Casais; escritor e pregador itinerante.
REVISÃO TEOLÓGICAPr. Dr. JACOB SOARES COSTA
Pr. Presidente da Assembleia de Deus em Placas/PA. É Juiz Arbitral, Dr. Em Filosofia, Bacharel Em Teologia e Presidente Emérito Do IETAF. -
INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DA ORAÇÃO
Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente. Um estudo dos exemplos bíblicos de oração eficaz, […] também reveste-se de vital importância. Mas enquanto o crente não se engaja verdadeiramente na oração, de maneira prática e significativa, a teologia e o estudo são de valor limitado. A oração não é respondida por que um crente sabe como ela funciona, mas porque conhece pessoalmente aquEle a quem as orações são dirigidas. Antes de qualquer coisa, a oração é questão de amor. Não se trata de encontrar os métodos, as técnicas ou os procedimentos certos para persuadir a Deus a fazer aquilo que desejamos. A mais elevada forma de oração é a relação de amor entre dois corações (o do crente e o de Deus), que batem como se fosse um. Andar com Deus na mais doce comunhão da oração é uma relação contínua. É certo que Deus ouve o clamor cheio de pânico, pedindo ajuda e livramento do desastre ou da calamidade. Mas livrar o crente da tribulação, a fim de que ele possa voltar à sua rotina apática, não é propósito de Deus ao responder às orações. As aflições podem ser a maneira dEle dizer: “Venha a mim. Eu amo você, e desejo ter um recíproco e contínuo relacionamento de amor com você”.
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Atualmente, fala-se com Deus de forma vulgar, irreverente e incoerente. Vulgar, ao referirmo-nos a Deus supondo que temos uma intimidade tal com Ele, mas que, na realidade, não temos. Irreverente ao tratarmos o Pai, que é Rei, com termos inadequados à la Meneguel (“o cara lá de cima”). Incoerente, porque sendo Ele o Rei dos reis, queremos decretar, declarar e exigir Àquele que é o Mandatário e Senhor de todas as coisas. Na oração de Moisés, Deus lembra este fato (Dt 3.23-28).
Nossa oração revela nossa teologia. Nossa teologia revela nossa fé. A teologia revelada não é aquela confessada sistematicamente, ou redigida manualisticamente. A teologia revelada é aquela que professamos quando não sabemos que professamos, que confessamos sem saber o estar fazendo, durante nossa oração, assim como Ana em sua oração (1Sm 2.1-10) e Salomão na dedicação do templo (1Rs 8.22-53). Em sua oração, Salomão apresenta a Teologia propriamente dita (22-29), Hamartiologia (30-40), Missiologia (41-43), Teodiceia (44-52), Soteriologia (53).
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Devemos orar segundo Sua vontade. Sua thélema. Como orar segundo Sua vontade, Seu propósito, se é justamente a vontade dEle que queremos saber? Simples: a vontade do servo sempre será obedecer à vontade de seu Senhor. Quanto o servo pede a Deus algo, ele já ora impelido pelo Espírito do Senhor, que opera o querer e o efetuar. Assim, quando ele ora pedindo algo, já é o algo que Deus quer, pois Ele quem pôs no coração do servo esta vontade, pois sabe que fazer Sua vontade é o que o servo quer. George Muller orientava “pedirmos algo a Deus em oração após neutralizarmos completamente nossa própria vontade”.
Nossa oração também revela nossa familiaridade com o Pai. Esta familiaridade é desenvolvida e aprofundada com a freqüência, constância e regularidade. A forma como utilizamos o nome de Deus na oração revela este fato. Pense você em uma situação hipotética: Estamos conversando; é comum, que nesta conversa, você cite meu nome no início, talvez no meio e no fim da conversa. Assim, quando alguém ora: “Senhor, nosso Deus, nosso Pai, abençoa-nos aqui, Senhor, em nome de Jesus, esta noite Senhor, etc.” soaria de forma extremamente ilógica. Para ficar mais claro, substitua, imaginariamente, o nome “Deus” em suas diversas formas encontradas nesta oração, pelo seu nome. Repita pensando tratar-se de uma conversa em voz alta e você verá quão incoerente soa.
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Uma boa forma de aprendermos a orar é estudar famosas orações nas Escrituras como a de Daniel, Eliseu, Neemias, Samuel, Isaías, Jeremias, Ananias, do próprio Senhor Jesus, dos discípulos em Atos e outras.
Oração é inteorizável. Um Seminário sobre oração pode investir breve explicação inspiradora sobre orar, para abrir-nos a fome de orar, mas o restante do seminário deve ser a oração em si.
Vale a pena lembrar que a proposta é “or-ação”: orar e agir. Da mesma forma como após orar, Deus diz a Moisés: “Dize ao povo de Israel que marche” (Ex 14.15).
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SÍNTESE
A ORAÇÃO NO ANTINGO E NO NOVO TESTAMENTOS
A Bíblia é o livro da oração. Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração.
Estudar a respeito da oração no Antigo Testamento é ter contato com as origens deste imprescindível meio de relacionamento do homem com Deus. O primeiro registro de comunicação entre o homem e Deus está na vida de comunhão do primeiro casal [Adão e Eva] com o Seu Criador quando estavam no Jardim do Éden (ver Gn 1.28; 2.8-10).
No Antigo Testamento, a oração estava presente nos vários episódios importantes de personagens bíblicos e os levou a tornarem-se modelos na oração. Vejamos alguns:
Enoque – Esse homem vivenciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como ‘aquele que andou com Deus’ – fazendo dele o exemplo da oração em todo tempo (Gn 5.24; I Ts 5.17).
Abraão – Esse patriarca que ao subir ao monte Moriá para sacrificar seu filho Isaque, sabia pela comunhão que tinha com seu Deus, tratar-se de uma prova de sua fé. Ele é o exemplo da comunhão que gera a fé. (Gn 22.5-8).
Moisés – O libertador de Israel, que deixou a honra e a opulência dos palácios egípcios e teve o privilégio de falar com Deus face a face e que desfrutou de respostas sobrenaturais às suas orações. É o exemplo da oração que muda as circunstâncias (Ver Ex 3.1-22 e Ex 4.1-17).
Elias – Grande profeta cujo exemplo o apóstolo Tiago aproveita para ensinar que o cristão sujeito as mesmas fraquezas, tem poder diante de Deus (Tg 5.17,18) – é o exemplo da oração que supera as deficiências humanas;
E outros como Davi, Isaías, Daniel etc. e o próprio povo de Deus (Israel), sendo os Salmos um exemplo da sua expressão na oração, são exemplos inesquecíveis e inspiradores para nos despertar para esse recurso sobrenatural ao alcance dos homens naturais.
Já no Novo Testamento, Jesus, apesar de estar em íntima comunhão com Deus Pai, é considerado o perfeito exemplo e mestre da oração, “orando ao Pai em longas vigílias e em momentos decisivos da sua vida, desde o seu batismo no Jordão à morte no Calvário.”
Estudar a respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase no relacionamento do homem com Deus. Uma fase iniciada na cruz de Cristo e consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a Igreja. Através da mediação de Jesus o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar (Hb 10.19,20).
A primeira reunião de oração da Igreja aconteceu após a ascensão de Jesus, quando os discípulos reuniram-se num cenáculo (At 1.13,14). A Igreja nasceu e cresceu mediante a oração e, aos pés do Senhor diante das dificuldades e problemas que surgiram no caminho, inclusive perseguições e oposições ela prevalecia e se fortalecia.
As circunstâncias, pelas quais a Igreja passa, podem mudar de diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a Deus em oração permanecerá até a Vinda de Jesus. -
O QUE É A ORAÇÃO?
1. DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA: O termo oração vem do grego “proseuche” e do latim “orationem”, que significa invocar, pedir ou suplicar a uma divindade. Contudo, a Bíblia nos ensina que devemos orar somente a Deus e, por mediação única de Jesus Cristo (I Tm 2.5).
2. DEFINIÇÃO TEOLÓGICA: A oração diferente da fé (Hb 11.1) e do pecado (I Jo 3.4), não tem uma definição específica na Bíblia. Por isso, a seguir consideramos o conceito de alguns teólogos que discorrem sobre este assunto.
a. Antônio Gilberto.
“A oração é como uma via de mão dupla, mediante a qual, de um lado, com suas cargas de súplicas, você vai ao encontro de Deus, e de outro lado Ele vem ao seu encontro com respostas.”
b. Claudionor de Andrade.
“Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Jesus Cristo e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com o propósito de adorar-lhe, pedir-lhe e agradecer-lhe.”
c. Donald C. Stamps.
“A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. É o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas.”
d. Eliezer de Lira e Silva.
“A oração é a maneira direta de falar com Deus. Orar não é um monólogo, mas um diálogo do cristo com Deus, como o filho e o pai.”
e. Jim Elliot.
“A Bíblia é uma carta que Deus nos enviou; a oração é uma carta que enviamos a Ele.”
f. William Law.
“Em última análise, o que é oração? É a apresentação da minha incapacidade diante de Deus.”
Concluímos, então, que orar é conversar com Deus, chegando-se com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Jr 33.3; Hb 4.16). -
II. POR QUE ORAR?
1. PORQUE É DEVER DO CRENTE: No evangelho segundo Lucas no cap. 18 e no vers. 1, está escrito assim:
“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:”
Sem dúvida, a oração é uma prática da qual não podemos descuidar. Pois, assim como cidadãos da nossa pátria, que temos direitos e deveres, e que sabemos, que para gozarmos dos direitos precisamos cumprir com nossos deveres. Da mesma forma, como cidadãos do Reino dos Céus, precisamos cumprir com nossos deveres, cuja oração é um deles, para então desfrutarmos das bênçãos de Deus.
2. PORQUE É UMA ORDEM: Deus ordena que o crente ore. A ordem para orarmos vem através dos salmistas (I Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Jr 33.3), dos apóstolos (Ef 6.17,18; I Ts 5.17; Tg 5.16) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.4; Jo 16.24). “E cá pra nós”, ordem é pra ser obedecida.
Em Colossenses no cap. 4 e no vers. 2 lemos:
“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.”
A conjugação verbal perseverai, no original grego, traz o sentido de ordem e não sugestão, não pedido. É uma ordem para orarmos e continuarmos orando. É ordem para permanecermos firmes na oração. -
3. PORQUE NEGLIGENCIÁ-LA É PECADO: No primeiro livro de Samuel no cap. 12 e no vers. 23, o rei Davi diz assim:
“Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o senhor, deixando de orar por vós;”
Quando temos condições para orarmos a favor de alguém e não o fazemos, não apenas lhe causamos danos espirituais, mas também pecamos contra Deus (Pv 3.27; Tg 4.17).4. POR QUE É MEIO PELO QUAL DEUS NOS PROPORCIONA BENÇÃOS: Jesus em Mateus cap. 7 e vers. 11 diz:
“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádiva aos vossos filhos, quanto mais vosso pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?”
Existem bênçãos que Deus dá e que o crente recebe exclusivamente por meio da oração. O batismo com o Espírito Santo, por exemplo, é uma delas (Lc 11.13; At 8.15,17).NOTA: Note o paralelo entre a vinda do Espírito Santo sobre a vida de Jesus e a dos discípulos:
a. O Espírito Santo desceu sobre eles depois que oraram (Lc 3.21; At 1.14 com 2.1-4);
b. Houve manifestações visíveis do poder do Espírito Santo (Lc 3.22; At 2.2-4);
c. O ministério tanto de Jesus como dos discípulos começaram depois da descida do Espírito Santo sobre eles (Mt 3.16 com 4.17; At 2.14-47).
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7. POR CAUSA DO EXEMPLO DA IGREJA PRIMITIVA:
Somos motivados a orar, quando lemos sobre a vida de oração da igreja primitiva (At 1.14,24; 3.1; 6.4; 12.5,12). E somos muito mais motivados quando sabemos das vitórias que ela alcançou por intermédio da oração (At 2.6-17; 4.24,31; 16.25,26). Conquistaram reis, povos e o mundo para Cristo!
Você também pode contribuir para a Salvação do mundo. Por que em certo sentido Deus se limita às orações santas, de fé e incessante do seu povo. Muitas coisas não são realizadas no Reino de Deus se não houver oração intercessora dos crentes. Por exemplo, Deus quer enviar obreiros para evangelizar; Cristo, no entanto, ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo (ver Mt 9.38).
Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça a Sua Vontade na Terra (Mt 6.10). Esta é uma das funções da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua Vontade, pois, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua Vontade. Oremos ao Senhor (Jr 33.3)!!!Os sete subtópicos da pergunta: Por Que Orar? foi adaptado do livro “O poder da Oração” de Josivaldo Ribeiro.
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Capítulos
- INTRODUÇÃO
- INTRODUÇÃO A TEOLOGIA DA ORAÇÃO
- SÍNTESE DA ORAÇÃO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO
- I- O QUE É ORAÇÃO?
- II- POR QUE ORAR?
- III- COMO ORAR?
- 1. ADORAÇÃO.
- 2. PEDIDO:
- a) O que pedir?
- b) O que não pedir?
- 3. AGRADECIMENTO.
- IV- ALGUNS ASPECTOS DA ORAÇÃO:
- 1.Tipos de oração.
- 2. Formas de oração.
- 3. Onde orar?
- 4. Quando orar?
- 5. Posições na oração.
- 6. O tempo necessário à oração.
- 7. Impedimentos à oração.
- V- A ORAÇÃO E O JEJUM.
- VI- A ORAÇÃO E O ESTUDO DA BÍBLIA.
- VII- A ORAÇÃO E A VIGILÂNCIA.
- A CHAVE DA ORAÇÃO.
- CONCLUSÃO
- BIBLIOGRAFIA