Curso Online de História Bíblica
A prática do Batismo para a igreja cristã está contribuindo agora na continuidade da história do cristianismo e, na compreensão de Deus. ...
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A ORIGEM DO BATISMO JOANINO
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SUMÁRIO
RESUMO...........................................................................................................................v
ABSTRACT......................................................................................................................vi
INTRODUÇÂO..................................................................................................................7
CAPÍTULO I
1- O BATISMO NO CONTEXTO JUDAICO......................................................................8
1.1- O Impuro e o Sagrado................................................................................................8
1.2- Água Primordial para a Purificação............................................................................9
1.3- Abluções.....................................................................................................................9
1.4- A História Judaica até os Essênios..........................................................................10
1.5- Os Essênios.............................................................................................................13
1.5.1- Rituais de Purificação............................................................................................16
1.5.2- O Fim da Comunidade de Qumran.......................................................................18 -
CAPÍTULO II
2- O BATISMO DE JOÃO BATISTA E SUA CONTINUIDADE NO BATISMO CRISTÃO......................................................................................................................20
2.1- A Infância de João Batista.....................................................................................20
2.2- João Batista Pertence à Casta Sacerdotal............................................................21
2.3- A possível Ruptura de João Batista com os Essênios...........................................22
2.4- João Batista e o Batismo nas Águas do Jordão....................................................25
2.5- As Expectativas de João Batista...........................................................................27
2.6- João Batista e o Batismo de Jesus o Messias......................................................29
2.6.1- A Morte de João Batista e o Novo Projeto de Jesus O Messias........................31
CAPÍTULO III
3- O BATISMO CRISTÃO...............................................................................................34
3.1- O Surgimento do Batismo no Contexto Cristão.......................................................34
3.2- As Primeiras Conversões.........................................................................................35
3.3- O Batismo em Nome de Jesus Cristo......................................................................37
3.4- O Batismo em nome do Pai, Filho e Espírito Santo.................................................39
3.5- A Continuidade do Batismo Cristão é uma Descontinuidade em Relação ao Batismo de João Batista................................................................................................................40
3.6- A Relação da Circuncisão e o Batismo Cristão........................................................42
3.7- Um só Batismo Um dos Fundamentos da Unidade da Igreja..................................44
3.7.1- Ecumenismo: O Desafio da Unidade Batismal e da Unidade da Igreja................................................................................................................................47 -
CONCLUSÃO..................................................................................................51
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................52
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RESUMO v
A presente pesquisa analisa aspectos característicos dos ritos de purificação judaicos, a relação com o batismo de João Batista e sua continuidade no batismo cristão, afinal, os judeus estavam familiarizados com os ritos de abluções. Era uma nação de sacerdotes (Êx 19.6). Eles tinham contato constante com o Templo de Yahweh; qualquer impureza excluía-os do Santuário. O caminho da restauração passava pelo oferecimento de sacrifícios e pela lavagem em água (Lv 16.23-24). Possivelmente João Batista, ao estabelecer a submissão ao seu rito, colocava os judeus no mesmo nível dos pagãos, declarava-os impuros e necessitados de arrependimento (Mt 3.2,7-12). E qual efeito esse arrependimento ocasiona no batismo cristão? O que dizer de Nicodemos que já se julgava incluso no Reino? Foi necessário o Senhor Jesus dizer-lhe que, apesar de ser um estudioso da Lei e dos profetas, necessitava passar por uma renovação espiritual, precisava “nascer de novo” (Jo 3.5-9).Palavras e pessoa - chave: ritos > batismo > água > arrependimento > João Batista.
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ABSTRACT vi
This research analyzes the characteristic features of the Jewish rites of purification, the relationship with the baptism of John the Baptist and continuity with Christian baptism, after all, the Jews were familiar with the rites of ablution. It was a nation of priests (Ex. 19.6). They had constant contact with the Temple of Yahweh; any impurity excluded them from the Sanctuary. The path of restoration passed by offering sacrifices and washing in water (Leviticus 16.23-24). Possibly John the Baptist, to establish the submission to its rite, put the Jews on the same level of the pagans, declared them unclean and in need of repentance (Matt. 3.2,7-12). And what effect this causes repentance in Christian baptism? What about Nicodemus that already judged included the kingdom? It took the Lord Jesus tell you that, despite being a student of the law and the prophets, needed to go through a spiritual renewal, needed to be "born again " (John 3.5-9).
person and word - key: rites > baptism > water > repentance > John the Baptist
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INTRODUÇÃO
Este trabalho foi elaborado no sentido de investigar a origem do rito batismal realizado pelo profeta João Batista no Rio Jordão. Logo, as pesquisas giram em torno das Sagradas Escrituras, fonte fundamental para analisar o tema proposto. Também se utilizará de autores renomados bem como suas obras, para tentar responder o seguinte questionamento: Qual a origem do batismo de João Batista? Certamente os relatos bíblicos, os autores citados direta e indiretamente e suas renomadas obras nos auxiliarão para que este trabalho caminhe em direção ao tema proposto, nos servirão também de tripé para fundamentarmos nossa pesquisa e aproximar-nos talvez de um suplemento biográfico teológico para pesquisas posteriores.
O primeiro capítulo examina os ritos judaicos, os ritos de purificação dos essênios na comunidade de Qumran, como principal fonte histórica, o segundo capítulo analisa o batismo de João Batista, sua relação com os essênios e a continuidade do batismo de João Batista no batismo cristão. Finalmente o terceiro capítulo, afere a ruptura entre o batismo de João Batista com o batismo cristão e a relação entre eles, bem como a sua continuidade no curso da história da Igreja. Esse trabalho, certamente não abrange todo o contexto em torno do rito batismal, nem os seus desdobramentos em outras culturas religiosas, mas o principal objetivo é avaliar a partir do Antigo Testamento a origem desse rito. Afinal, este batismo então já existia? João Batista apenas reproduziu, e alterou o seu significado? -
1 O “Batismo” no Contexto Judaico
“A história nunca é o simples recontar do passado como realmente foi. É inevitavelmente, uma interpretação do passado, uma visão retrospectiva do passado limitada tanto pelas fontes em si quanto pelo historiador que as seleciona e interpreta.”
Timothy George
1.1 O impuro e o Sagrado
Na mentalidade antiga, o impuro e o sagrado são elementos associados. Ambos contêm uma força misteriosa e atemorizante, que age por contato e que põe objetos e pessoas em estado de interdição. O impuro e o sagrado são igualmente intocáveis e o que eles envolvem torna-se também intocável. Essas concepções primitivas estão descritas no Antigo Testamento; não se pode tocar a Arca da Aliança, não se pode tocar em cadáver; a mãe deve se purificar após o parto, que a faz impura, e o sacerdote deve trocar suas vestes após o sacrifício, pois este o consagra. -
Não se trata de uma contaminação física nem moral e a santidade assim adquirida não é uma virtude da alma, são estados, dos quais é necessário despontar para ingressar na vida habitual. Na definição dessas interdições, segundo Hainchelin (2005, p. 157) nos ritos de purificação e de consagração, a religião de Israel conservou – talvez mais que outras – costumes primitivos. É notável que esses costumes tenham sido integrados na legislação sacerdotal mais recente do Pentateuco: eles foram mantidos, mas receberam um novo sentido.
Eles serviram para separar Israel do meio pagão que o cercava e para inculcar a ideia da santidade transcendente de Iahvé e da santidade que o povo que Ele tinha escolhido devia observar. Era, pois, legítimo que, na síntese final do Levítico, a Lei da Pureza, (Lv 11-16), fosse juntada ao Código de Santidade, (Lv 17-26), como dois aspectos, negativo e positivo, de uma mesma exigência divina. -
1.2 Água, Primordial para a Purificação
Era normal utilizar a água para lavar as impurezas que o indivíduo poderia ter contraído e entrar sem risco no domínio do sagrado, Turner (2001, BERGANT, DIANNE, apud et al.(org.), p. 132) relata que o oficiante do culto devia se lavar antes de cumprir suas funções, (Êx 29.4; 30.17-21; Lv 8.6; 16.4). Abluções são prescritas pelas leis de pureza para purificação dos vasos, roupas ou pessoas contaminadas por um contato impuro, (Lv 11.24 -25, 28, 32, 40). Mas a água serve também para suprimir um contágio do sagrado.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote que entrou no Santo dos Santos deve trocar de roupa e se banhar, o homem que conduziu o bode ao deserto e o que queimou as vítimas oferecidas em sacrifício pelo pecado devem lavar suas roupas e se banhar, (Lv 16.23-28); A guerra santa santifica os que nela participam e o despojo que vem dela; o retorno ao estado normal exige uma consagração: os guerreiros ficam sete dias fora do acampamento, lavam suas roupas e se purificam os prisioneiros também; o couro, tecidos e objetos de madeira são lavados, os metais são passados pelo fogo e depois purificados com água purificadora, (Nm 31.16-24). -
A água purificadora serve para purificar um indivíduo que tenha tocado um cadáver, ossadas, um túmulo, e para purificar também a casa de um falecido e sua mobília, (Nm 19.11-22). Fora essa passagem, a água purificadora só é relatada a propósito da purificação do butim no texto de (Nm 31.23), onde ela parece ser uma adição sem alcance efetivo.
1.3 Abluções
No Antigo Oriente, as abluções (cerimônias de purificação com água) eram bastante corriqueiras. Eram exercidas na Babilônia, na Pérsia, no Egito e em muitos outros povos, pois se acreditava que a água exercia o atributo de purificar espiritualmente as pessoas e comunicar vida nova. Como enfatiza Valdés (2013, p. 39) “também os judeus praticavam abluções”. Conforme a Bíblia Sagrada, Moisés havia ordenado lavar as mãos (Lv 15.11), os pés (Êx 30.19) e o corpo (Lv 15.5-10) como um modo de renovar-se interiormente. E quanto mais imersos estavam os israelitas em algum pecado ou em uma culpa, mais se multiplicavam as purificações a fim de expurgar de sua maldade.
Cerimônias de purificação com água.
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