Curso Online de Teologia : a vida depois da morte
a morte não é o fim da vida humana, onde iremos após nosso percurso temporal percorrido? nossa vida transformada pela ressurreição de jes...
Continue lendoAutor(a): Anivaldo Pedro Da Silva
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- Claudio Luiz Marques
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TEOLOGIA A VIDA APÓS A MORTE
TEOLOGIA A VIDA APÓS A MORTE
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Veremos nesse curso o que através de nossos estudos, do pensamento teológico de Santo Tomás Aquino e Santo Agostinho da instrução da igreja, e do conhecimento Bíblico, algo que para nós humanos ainda não encontramos respostas para tantos questionamentos no que diz respeito a pessoa humana que por vontade divina, ou por um acidente de percurso, deixou de estar entre nós vivos. O que acontece com a pessoa humana que morre? O que nos ensina a igreja? Qual o pensamento dos nossos teólogos? O que nos revela as sagradas escrituras? Vivemos no tempo(na carne) o tempo tem seu inicio e o seu fim, porque, participamos da matéria, e aqui tudo tem seu inicio e seu fim. “” A morte é a separação do corpo e da alma”””. Mas , aqui estamos de passagem apenas, e sabemos que quando chegar o nosso fim para este tempo, ressurgiremos para uma vida plena e absoluta em Deus e com Deus. (cf;2cor 5;1-8) e (jo14;1-3) Consideramos primeiro que o homem é um ser ordenado por Deus (criador) a sua existência. Que por um simples ato de amor, e de vontade divina o homem foi por ele chamado a sua existência.
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A NATUREZA DO HOMEM
A NATUREZA DO HOMEM
É importante aqui entendermos um pouco da antropologia. Desde o nascimento da filosofia um dos temas mais discutido entre os filósofos é o problema do homem. De onde ele vem? O que ser homem? Quais as suas características que define ele como um ser? São perguntas das quais os gregos se atearam para tentar entender esse ser. Com Tomas de Aquino não foi diferente. Ele também, depois de um longo estudo, deu a sua definição do que seria o homem. Para isso ele se baseou no pensamento de Aristóteles, um dos mais conceituados filosofo da Grécia antiga. Segundo Aristóteles, o homem é constituído de matéria e forma como todos os seres que tem matéria, só que no caso do homem a matéria vai ser o corpo e a forma a alma. Essa é a linha que Tomás de Aquino seguiu, claro que, por ele ser cristão, ele dá um novo sentido a esse pensamento. Foram muitas os aspectos pelos quais Tomás estudou o homem, aqui vamos nos aprofundar só em alguns no qual merecem particular atenção. Falar de Deus, para São Tomás de Aquino, implicará sempre falar do homem. E, contudo, o mesmo tem o devido cuidado para que não se confunda a imagem com o modelo, a criatura com Deus, o Criador. A partir daqui brota na Suma Teológica do Aquino toda a perspectiva de uma antropologia enquanto síntese em que o homem aparece como imagem e é centro de toda a criação e, neste sentido, considerado também como a parte mais nobre de todo o universo. Assim a pessoa humana (o homem) é, para o pensamento do Aquino, um composto e, ao mesmo tempo, uma unidade, isto é, o ser humano não é só corpo e nem só alma, mas alma e corpo.
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A singularidade do homem é e implica, exatamente, aquela imagem da criação dada por Deus. Uma imagem que é, fundamentalmente, aquele assentimento de Deus na vida do homem: a busca do bem, da verdade, da justiça e do amor. Esta é a grande diferêncialidade e particularidade do ser humano com relação às outras criaturas que não são inteligentes e nem racionais.
E, a propósito da busca do bem, que o homem tem em si mesmo, encontra sua primeira compreensão naquele desejo do bem prometido segundo a perspectiva de São Tomás de Aquino. Evidentemente o ser do homem sente uma vontade ardente de acreditar, de crer, pois a pessoa pode, sem dúvida, amar a verdade que admite, que entende como justa, certa, em espírito para sua vida e, assim, a abraça com aquelas razões próprias. Para o santo da Suma Teológica, o homem é a criatura predileta de toda a criação de Deus, conforme aquilo que já indica a própria Sagrada Escritura, porém até aqui não existe novidade na sua teologia no tocante à antropologia
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Deus como o Ser que é a origem de tudo: logo, Ele está além de tudo e de todas as coisas e, ao mesmo tempo, se relacionando com o universo tendo como palavra-chave o amor que Ele tem pelo mundo. “Todavia, o Criador amando tudo que fez, noutras palavras, indica por meio desta ação divina que o homem é a Sua imagem “ ,e por meio desta o mesmo recebe, no seu ser, o primordial desejo da bem-aventurança. “Desta forma, o bom Deus é tanto o início como o fim último do ser humano”. À luz da encarnação do Verbo na compreensão do cristianismo, o ser humano recebe uma restauração, renovação e recapitulação, por meio do Filho do Pai Celeste, imagem perfeita do amor de Deus pela humanidade - o Cristo que é o caminho, a verdade e a vida do gênero humano, o primogênito de toda criatura que deifica ou diviniza o homem . Após esta suma apresentada sobre Deus, mas especificamente a respeito do Criador e do Filho Encarnado - sem esquecer, aqui, a obra do Espírito ,- São Tomás se volta para o homem, todavia fazendo sempre referência à sua devida origem, Deus mesmo. Ele procura desenvolver uma antropologia bastante realista e ancorada à sobrenaturalidade por causa da imagem de Deus criada no ser humano e sua redenção em Jesus Cristo, perfeita imagem do Deus Invisível.
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A UNIDADE DO SER HUMANO
A UNIDADE DO SER HUMANO
Para Tomás, como também foi para Aristóteles, o homem é constituído de corpo e alma, transformando-se assim em uma única substancia que não pode ser separada, onde para ele a alma é a forma do corpo no qual constitui o homem, sem a interposição de qualquer outra forma.
Embora a alma tenha operação exclusivamente sua, na qual o corpo não entre, operações esta que é a intelecção, há outras operações que são comuns a ela e ao corpo, como temer, irar-se, sentir e semelhantes; elas se realizam com certa mudança em alguma parte do corpo, do que se vê que são operações da alma e do corpo. É necessário, pois, que a alma e o corpo constituam uma só coisa e que não sejam diversos quanto ao ser (TOMÁS DE AQUINO apud MONDIN, 1981, p. 193)
A IMORTALIDADE DA ALMA
Outra coisa que perturbava a mente dos filosofo antigos era a questão da imortalidade da alma. Ela seria mortal ou imortal? Teria seu fim juntamente com o corpo ou depois que o corpo cessasse ela continuaria existindo? -
Tomás afirma que a alma é imortal. Mas por que ele conclui assim? Porque ele diz que a alma tem ser próprio, ser que ela não recebe nem do corpo nem da união com o corpo. Este fato distingue a alma do corpo e das outras formas corpóreas, é o suficiente, por si mesmo, para explicar a sua imortalidade. A LIBERDADE DO HOMEM
Antes de Tomás, Agostinho já tinha falado sobre questão da liberdade do homem ou livre-arbítrio. Ele disse que o homem foi criado por Deus e, no momento da criação Deus o constituiu como o ser livre dotado de inteligência. E esse livre-arbítrio tem a sua ação, podemos dizer assim, na vontade da qual o homem iria se utilizar.
Para Tomás, o homem é “natureza racional”, isto é, um ser capaz de conhecer. Ele tem a capacidade de conhecer o fim ao qual cada coisa tende por natureza, e conhece uma ordem das coisas no cume da qual está Deus como Bem supremo. Na vida terrena, o intelecto só conhece o bem e o mal das coisas que não são de Deus. Portanto, o homem tem a vontade livre para escolhê-la ou não.
E é exatamente no livre-arbítrio que Tomás vê a raiz do mal da mesma forma que Agostinho fez. “Por sua própria natureza, o homem tem o livre-arbítrio: ele não dirige para o fim, mas sim dirige livremente para o fim”. Com isso, Tomás ver que é por ser livre que o homem peca, afastando-se livremente das leis universais e das lei de Deus. Tomás afirma ainda que o homem por si só tem capacidade de ter conhecimento sem precisar da intervenção extraordinária de Deus. Seu intelecto é capaz de distinguir ante o bem e o mal, o certo e o errado.
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A alma
A alma
Assim fala o livro do gênese: (2;7) “O Senhor formou pois o homem do barro da terra, e inspirou-lhes nas narinas um sopro de vida e o homem passou a ser um ser vivente.”” É notório que Deus criou o homem da terra( matéria) e infundiu nele algo que superior a matéria, então não somente formado pela matéria, mas também pela alma; “ sopro de vida”, que não é e nem pertence a matéria corruptela e temporal, mas eterna e imortal. Observamos uma bexiga, quando sopramos nela o ar, ela ganha vida, e alegra o coração das crianças, e se faltam o ar, elas murcham, e caem no chão. Assim pois é o sopro de vida no homem, uma vez quando tirado , a matéria assim de desfaz e volta a ser pó( Gn3;19b). Portanto , Deus criou o corpo do homem de elementos e substâncias que a ciência conhece através da tabela Periódica dos Elementos Químicos. Deus “soprou” a vida nesse corpo e o Homem passou a ser Alma Vivente. A Alma é que da a vida a um corpo humano, Ela é a razão pela qual um corpo humano existe e se locomove, sem a alma, o corpo humano não vive, e´ assim que nós vemos quando aquela pessoa que faleceu e nós a velamos antes do seu sepultamento, é um corpo que está ali, mas sem vida, sem alma.
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Alma=> do latim=> Animu => significa animar, dar movimento ao que é vivo. A Alma pode ser definida como aquilo que da a vida ,parte espiritual e imortal de um ser. A alma é que nos proporciona as sensações emotivas, alegria , tristezas, prazer, aquilo que sentimos de emoções, tantos alegres e tristes também, toda a nossa afetividade. A alma (mente) é a substância imaterial, o corpo a substância material, essas duas substâncias permanecem inalteráveis diante dos acontecimentos no decorrer do tempo, pois , as substâncias é a soma das características que definem o ser. Desta forma, a alma(mente) possui todas as qualidades espirituais, a inteligência, a lógica,a vontade, e os sentimentos, sendo ela também imortal.
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O ESPIRITO
O ESPIRITO
O espírito é no homem,” o fundo do seu ser”. O eu mais profundo enquanto essência. Para Tomás de Aquino, todo ente é algo. O homem é, o cão é, a pedra é. Nessa composição, se o responsável pelo é do ente é o ato de ser, seu complemento necessário, a essência, corresponde ao "quê” que o ente é. "O ser é a atualidade de toda forma ou natureza: só se podem dar, em ato, bondade ou humanidade enquanto se dá o ser. Daí que necessariamente o ser esteja para a essência como o ato para a potência" (suma teológica I, 3, 4). "O intelecto humano, porém - diz Tomás, contrapondo a inteligência do homem à do anjo -, que está acoplado ao corpo, tem por objeto próprio a natureza das coisas existentes corporalmente na matéria. E, mediante a natureza das coisas visíveis, ascende a algum conhecimento das invisíveis" (I, 84, 7). Segundo Tomás Aquino, o espírito do homem é capaz de compreender moções espirituais, assim como o corpo percebe moções naturais, assim também o intelecto do homem e´ capaz de perceber moções espirituais. Pelo espírito o homem e´capaz de entrar em profunda comunhão com Deus, seu criador. ( cf; Ro 8,1-16 e GAL5,13-25). O espírito representa a natureza maior do homem enquanto “ser” na sua essência. É o principio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal, é capaz de transcender e receber de Deus todo conhecimento que ultrapassa todo e qualquer raciocínio humano.
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O espírito do homem é portanto o centro de nossas decisões, onde no fundo do seu ser, o homem decidirá sim ou não por Deus! (cf; Jeremias 31,33) A igreja nos ensina que; o “Espírito” significa que o homem está ordenado desde a sua criação para o seu fim sobrenatural. O espírito e a matéria no homem, não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza. A alma espiritual é diretamente criada por Deus – não é produzida pelos pais - e é imortal, ela não perece quando da separação do corpo na morte, mas se unirá novamente ao corpo na ressurreição final, como o apostolo ora para que o nosso “ ser inteiro,o espírito,a alma e o corpo” seja guardado irrepreensível na Vinda do Senhor(1Ts5,23). (conforme o Catecismo da Igreja Católica –CIC 365-368). -Assim concluímos a nossa introdução a este curso, veremos doravante o que a igreja nos ensina, o pensamento de nossos teólogos, os santos padres da igreja e as escrituras no que acreditamos na tradição e revelação ao que se diz respeito nosso destino após essa breve passagem nesse tempo.
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Capítulos
- TEOLOGIA A VIDA APÓS A MORTE
- INTRODUÇÃO
- A NATUREZA DO HOMEM
- A UNIDADE DO SER HUMANO
- A alma
- O ESPIRITO
- o céu existe?
- o inferno
- A igreja nos ensina;
- O PURGATÓRIO
- As Escrituras atestam a existência do purgatório
- O culto aos mortos
- APARIÇÃO DOS MORTOS AOS VIVOS
- A ressurreição dos mortos
- A ressurreição da carne
- A salvação
- A necessidade da salvação
- Os quatro animais vivos (Ap4;6)
- Os 144.000
- conclusão