Curso Online de Amamentação

AMAMENTAÇÃO

MAMAS

Localiza-se entre as camadas superficial e profunda do tecido subcutâneo posterior a parede torácica, este juntamente aos músculos peitoral maior, serrátil anterior, e oblíquo externo do abdome, se estendendo de forma vertical desde a 2º costela até a 6º costela, e de forma transversal desde o externo até a linha auxiliar média (DUMARD, 1994).
As glândulas mamárias secretam leite processo conhecido como lactação. O Tamanho das mamas será determinado de acordo com a quantidade de gordura existente ao redor do tecido glandular. Durante o processo da puberdade entre 12 e 15 anos, a um aumento das mamas e das aréolas (MOORE, 1994).

Glândula mamária

A glândula mamária é fixada á pele através dos ligamentos suspensores (ligamentos Cooper), este ligamento tem a função de sustentar o peso das mamas. O formato arredondado das mamas varia de acordo de indivíduo para indivíduo, raças, idades e o volume das mamas são provenientes dos blocos de gordura, este no período de gravidez e da lactação onde há um aumento das mamas por conta produção de leite.
As glândulas mamárias são formadas pelas ductulos ou ácinos dando origem aos lobos ou lóbulos, cada glândula mamárias são compostos por 15 á 20 lóbulos. Dos lobos saem os ductos terminais os quais desembocam nos ductos segmentares, os ductos terminais juntamente com os seus ductulos compõe a unidade lobular ductal terminal, sendo que tanto os ductos terminais quanto os segmentares fazem parte dos ductos lactíferos. Estes ductos lactíferos têm a função de conduzir o leite pelos seus canais até a sua exteriorização.
no ápice destes ductos eles se alongam dando origem aos seios lactíferos desembocando na papila mamária (mamilos) através de 15 á 20 orifícios (DUMARD, 1994).

Mamas

História A. Idade Antiga

Desde o surgimento da raça humana, o leite humano está presente, porém ainda não se tem o conhecimento de suas especificidades, seus componentes e dos efeitos advindas de sua falta para o ser humano, ainda são de muitas dúvidas
Na época de Hipócrates já se sabia que a boa alimentação evitava doenças, povos da Babilônia e do Egito normatizavam a amamentação por um período de 2 a 3 anos já nessa época, havia as amas de leite.
Hipócrates reconheceu e escreveu sobre os benefícios da amamentação pois já observara a maior mortalidade entre bebês que não eram amamentados, já Galeno orientou que a alimentação infantil deveria ser feita sob os cuidados de um médico (VINAGRE, DINIZ e VAZ,2001).

Era cristã

Os povos nativos de diversas regiões da América tinham por hábito amamentar seus filhos por um período de 3 a 4 anos, uma vez que neste tempo o aleitamento materno começa seu declínio, principalmente na França e na Inglaterra (VINAGRE, DINIZ e VAZ,2001).

Idade Moderna e Contemporânea

Em meados do século 18, a amamentar não era mais um fato de admiração, levando a um aumento da mortalidade infantil. Com o processo do desmame precoce os índices de mortalidade chegou a 99,6% das crianças em Dublin, em Paris e em Londres
Durante o século 19, nos Estados Unidos da América (EUA), cerca de 25% das crianças morriam no seu primeiro ano de vida em sua maioria devido a desnutrição e diarréia infecciosa, advindas das más condições de saneamento.

SÉCULO XX

No ano de 1911 o leite em pó, começa a ser utilizado como aleitamento artificial.
Com a industrialização, urbanização, o trabalho externo da mulher, a redução da importância social da maternidade e a descoberta das fórmulas de leite em pó, foram as causas para que ocorresse a diminuição do aleitamento materno no século 20, isto fez com que houvesse repercussões graves em questão de saúde tanto para as crianças quanto para as mães (VINAGRE, DINIZ e VAZ,2001).

LACTAÇÃO

Nos seres humanos o corpo da mulher se prepara para o processo de lactação desde os primeiros momentos da gestação uma vez que a glândula mamária tem seu desenvolvimento a partir do desenvolvimento do sistema de ductos alveolares e células lactíferas para que assim a mama esteja pronta para a amamentação, isto é, a produção de leite (RIBEIRO et al; 2006).

HORMÔNIOS NA GRAVIDEZ

No primeiro trimestre da gestação as glândulas de Montgomery aumentam a aréola e a pele a sua volta, começam a escurecer, estas glândulas passam a secretar um lubrificante antimicrobiano, que permanecerá em ação até o final da lactação. No segundo trimestre, ao final dos ductos os alvéolos começam a se desenvolver produzindo o leite, isto só é possível sob a influência dos hormônios que atuavam no ciclo menstrual, estrógeno e progesterona, os quais passam a atuar pelo bom desenvolvimento das mamas, preparando-as assim para o processo do aleitamento. No quinto mês de gestação já existe a produção do colostro. A descida do leite, só se torna possível devido a ação do hormônio ocitocina, produzido pela hipófise (RABBONI, 2002).

HORMÔNIOS NA LACTAÇÃO

Ao termino do trabalho de parto, estes dois hormônios decaem, (progesterona e estrogênio) levando a um aumento nas quantidades de prolactina e lactogênio placentário, o que possibilita o início da produção de leite (VILELA, 2006).
Prolactina: estimula a produção de leite (após a estimulação prévia das glândulas mamárias por estrógeno e progesterona).
Ocitonas: secretado em quantidades moderadas durante a última fase da gravidez e em grande quantidade durante o parto, promove a ejeção do leite durante a amamentação
Progesterona: completa a regeneração da mucosa uterina, estimula a secreção das glândulas endometriais e  mantém o útero preparado para a gravidez, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias para secreção láctea.