Curso Online de Hanseníase

HANSENÍASE

A hanseníase ainda constitui-se um problema de saúde pública que exige vigilância resolutiva.

DEFINIÇÃO

É uma pessoa que apresente um ou mais sintomas listados a seguir e que requer tratamento:

Lesões de pele, com alteração de sensibilidade;
Acometimento neural, espessamento;
Baciloscopia positiva.

EPIDEMIOLOGIA

É uma doença infectocontagiosa, com evolução lenta, manifesta-se com sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele, nervos periféricos, principalmente olhos, mãos e pés;
O comprometimento neurológico é a principal característica da doença, principal causa de incapacidades físicas, muitas vezes evoluindo para deformidades;
Mas quando detectada e tratada precocemente é uma doença curável.

AGENTE ETIOLÓGICO

A hanseníase é causada pelo Mycobaterium leprae, ou bacilo de Hansen;
O seu tempo de multiplicação é lento, durando em média 11 a 16 dias;
É altamente infeccioso, mas pouco patogênico.

MODO DE TRANSMISSÃO

O homem é considerado a única fonte de infecção;
O contágio ocorre do contato com pessoa doente sem tratamento, contagiando pessoas suscetíveis;
A principal via de eliminação do bacilo é pelas vias aéreas superiores, mas em contato direto com paciente contaminado;

MODO DE TRANSMISSÃO

O aparecimento da doença varia muito, podendo acontecer após um longo período de incubação 2 a 7 anos;
Pode acometer todas as idades, ambos os sexos, mas raramente acomete as crianças;
Dentro as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo, chamados paucibacilares (PB), são portadores da doença que abrigam número pequeno de bacilos no organismo, sendo insuficiente para infectar outros indivíduos;

MODO DE TRANSMISSÃO

Uma menor parte não apresenta resistência ao bacilo, onde esses bacilos se multiplicam no organismo passando a ser eliminados ao meio exterior, infectando outras pessoas, chamados de multibacilares (MB), esses indivíduos são fonte de infecção e manutenção da transmissibilidade;
Quando uma pessoa inicia o tratamento ela deixa de ser transmissora, pois as primeiras doses matam o bacilo.

SINAIS E SINTOMAS

Lesões mais comuns são:
Manchas pigmentadas ou discrômicas: ausência, diminuição ou aumento da melanina na pele;
Placa: lesão que se estende em superfície por vários centímetros;
Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, acompanhado em alguns casos de eritema discreto e edema;
Tubérculo: pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz;

SINAIS E SINTOMAS

Nódulo: lesão sólida, elevado ou não, medindo de 1 a 3 cm de tamanho. Localiza-se na epiderme, derme ou hipoderme. Pode ser mais palpável que visível.
Podem estar localizadas em qualquer região do corpo, porém ocorrem com maior frequência na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.
Nas lesões de pele causadas pela hanseníase sempre apresentam alteração de sensibilidade (diminuição, aumento ou ausência) diferenciando assim de outras doenças dermatológicas.

SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS

Além de lesões na pele, podem ocorrer também lesões nos nervos periféricos;
Essas lesões são decorrentes de neurites (processos inflamatórios dos nervos periféricos) manifestam-se através de: dor intensa, espessamento dos nervos, perda de sensibilidade, perca de força muscular, edema;
Quando esse acometimento neural não é tratado pode provocar incapacidades, deformidades.

DIAGNÓSTICO

É realizado através do exame clinico, buscando sinais dermatoneurológicos da doença, devendo ser feita uma inspeção de toda superfície corporal, procurando identificar possíveis lesões de pele;
Classificação para fins de tratamento:
Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele;
Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele.