Curso Online de Enfermagem em Diálise

Curso Online de Enfermagem em Diálise

O curso aborda sobre diálise peritoneal, hemodiálise, diferenças, complicações, etc REFORMULADO

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  • Enfermagem em Diálise

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    O objetivo principal é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso.
    Leia todo o conteúdo com atenção redobrada, não tenha pressa.
    Explore profundamente as ilustrações explicativas, pois elas são fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo.
    Quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferenciará dos demais.
    O aproveitamento que cada aluno faz, é você que fará a diferença entre os “alunos certificados” dos “alunos capacitados”.
    A aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.
    Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. O aprendizado só tem sentido quando é efetivamente colocado em prática.

  • Introdução

  • A diálise é um processo artificial que substitui as funções dos rins. É utilizado quando o
    paciente apresenta insuficiência renal grave. Existem dois tipos de diálise: hemodiálise e
    diálise peritoneal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia em 2008, 87.044
    pessoas eram submetidas à terapia com Diálise no Brasil. Atualmente esse número deve ser
    maior do que 90.000.

    Razões para efetuar uma diálise
    Os médicos decidem começar a diálise quando a insuficiência renal causa um funcionamento
    anormal do cérebro (encefalopatia urêmica), inflamação do invólucro do coração
    (pericardite), uma elevada acidez do sangue (acidose) que não responde a outros
    tratamentos, insuficiência cardíaca ou uma concentração muito elevada de potássio no
    sangue (hiperpotassemia). A reversão dos sintomas de alteração do funcionamento cerebral
    causados pela insuficiência renal, uma vez iniciada a diálise, precisa em regra de vários dias
    e, raramente, até duas semanas de tratamento.

  • Muitos médicos usam a diálise de forma preventiva em caso de insuficiência renal aguda,
    quando a produção de urina é baixa, e continuam o tratamento até que as análises de sangue
    indiquem que a função renal está a ser recuperada. No caso de uma insuficiência renal
    crônica, pode-se começar com a diálise quando as provas indicam que os rins não estão a
    extrair os produtos de excreção de modo suficiente, ou quando a pessoa já não pode levar a
    cabo as suas atividades diárias habituais.

    A frequência das sessões de diálise varia de acordo com o nível de função renal restante, mas
    habitualmente requer-se diálise três vezes por semana. Um programa de diálise permite levar
    uma vida razoavelmente normal, ingerir uma dieta adequada, dispor de uma contagem
    aceitável de glóbulos vermelhos, ter uma pressão arterial normal e não desenvolver qualquer
    lesão nervosa. Pode usar-se a diálise como terapia a longo prazo para a insuficiência renal
    crônica ou como medida provisória até que se possa efectuar um transplante de rim. Nos
    casos de insuficiência renal aguda, a diálise pode ser necessária apenas durante alguns dias
    ou semanas, até que se restabeleça a função renal.

  • Também se pode usar a diálise para eliminar certos medicamentos ou tóxicos do organismo.
    A pessoa sobrevive com frequência à intoxicação caso lhe seja proporcionada assistência
    respiratória e cardíaca imediata enquanto o tóxico é neutralizado.

  • Histórico da diálise peritoneal

  • 1923: Diálise Peritoneal usada pela 1ª vez (Ganter)
    1956: Primeiro rim artificial
    1960: Scribner inicia a técnica da Diálise Peritoneal
    1964: Cateter de longa permanência, que mais tarde é modificado pelo Dr. Tenckhoff.
    1976: Criação da Diálise Peritoneal Contínua (frascos de vidros e posteriormente, bolsas flexíveis).
    1978: CAPD Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua.
    1980: Dr. Miguel Carlos Riella, na cidade de Curitiba, introduz o Conceito da Terapia Ambulatorial Contínua, tornando-se o pioneiro do tratamento de CAPD no Brasil.

  • Um avanço chamado Catéter
    É o catéter que vai resolver o problema da segurança deste tipo de tratamento destinado a pessoas com insuficiência renal. E tivemos na história do século XX três importantes passos na evolução deste instrumento auxiliar. Desde o catéter flexível de Arthur Grollman, de 1952, em contraponto ao tubo rígido utilizado até então, até ao catéter permanente de silicone de Henry Tenckhoff, patenteado em 1968, passando pelo dispositivo desenvolvido por Paul Doolan em 1959, em polietileno.
    Nesse mesmo ano, o físico Richard Ruben empreendeu a primeira diálise peritoneal durante um período de seis meses, utilizando o catéter Doolan, bem como um catéter permanente que pudesse manter-se na cavidade abdominal. Esta experiência revelou que os investigadores não estavam apenas apostados em tratar pacientes com doenças agudas, mas também pacientes com falência renal crónica. Porém ainda estávamos na fase da diálise peritoneal intermitente.
    Três anos depois o holandês Fred Boen descrevia a primeira máquina de diálise peritoneal automática.
    Também em 1964 foi introduzida a “técnica de punção repetida”. Consistia em colocar um novo cateter na cavidade abdominal em cada tratamento, um procedimento desgastante, para o doente.
    O catéter permanente de Tenckhoff é introduzido em 1968 e acaba por ser instrumental na aceitação a uma maior escala da diálise peritoneal. Este cateter ainda utilizado hoje em dia.
    Como complemento ao catéter, o desenvolvimento de sacos e tubos também acabariam por contribuir para o sucesso a longo prazo deste tipo de tratamento.


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