Curso Online de CUIDADOS TRANSPESSOAIS EM ENFERMAGEM
O homem, apesar de viver em um mundo onde as relações se estabelecem comumente de forma equivocada, tem se preocupado com os mistérios q...
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CUIDADOS TRANSPESSOAIS
EM
ENFERMAGEMENFERMEIRA HENRIETTE BASTOS
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A Enfermagem
É a atividade de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção e proteção da saúde e prevenção e recuperação de doenças.O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existencial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades. Como profissão, o enfermeiro é um profissional de nível superior da área da saúde, responsável inicialmente pela promoção, prevenção e na recuperação da saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade. O enfermeiro é um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Dentro da enfermagem, entretanto encontramos o auxiliar de enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem (nível médio), profissionais importantes e também essenciais na grande arte de cuidar do próximo.
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A missão desta equipe é de suma importância, pois prestam assistência ao paciente ou cliente em clínicas, hospitais, ambulatórios, transportes aéreos, navios, postos de saúde e em domicílio, realizam atendimento de enfermagem; coordenam e auditam serviços de enfermagem, implementam ações para a promoção da saúde junto à comunidade. A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos, mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Neste contexto, tem um papel preponderante por ser uma profissão que busca promover o bem estar do ser humano, considerando sua liberdade, unicidade e dignidade, atuando na promoção da saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas incapacidades e no processo de morrer. Com o avanço científico, tecnológico e a modernização de procedimentos, vinculados à necessidade de se estabelecer controle, a enfermagem passou a assumir cada vez mais encargos administrativos, afastando-se gradualmente do cuidado ao paciente, surgindo com isso a necessidade de resgatar os valores humanísticos da assistência de enfermagem.
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A Enfermagem, vista como uma disciplina científica, como ciência e arte e como uma profissão a serviço da humanidade, tem o compromisso de contribuir para o aprimoramento das condições de viver e ser saudável, buscando um existir mais harmonioso para todos os seres. Essa idéia pode ser facilitada pelo desenvolvimento de uma consciência de cuidado presente na prática, no ensino, na teorização e na pesquisa. Os pacientes e suas famílias deveriam poder esperar uma alta qualidade de interação humana por parte desta equipe. Infelizmente, muitas das conversas que acontecem entre pacientes e a enfermagem são muito sucintas e muitas vezes desconexas. Sob o olhar da Psicologia a enfermagem deve estar mais preocupada com a saúde do que com a doença. Integra a enfermagem dos princípios técnicos, científicos, sociais com a arte, a estética, a ética, a intuição e a descoberta da relação do “processo de cuidar do homem-pelo-homem”.
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Evidencia-se a ligação da subjetividade e da intersubjetividade na convivência com a práxis de enfermagem, atribuindo ao paradigma do cuidado o processo de conhecimento, transformação e controle dos agentes envolvidos, que devem estar conectados ao meio ambiente, à natureza e ao universo.
Para ZEN & BRUTSHER (1986, p.06):
“não se pode ficar atrás ou as margens desse processo. É dever de todos acompanhar o desenvolvimento das ciências humanas, científicas, culturais e tecnológicas dos tempos atuais o que vem implicar não só na necessidade da aquisição de novos conhecimentos como também na atualização dos mesmos.”
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WALDOW (1998, p.62), salienta a importância de conciliar e harmonizar as diversas funções do enfermeiro, quando afirma:
“o cuidado humanístico não é rejeição aos aspectos técnicos, tão pouco aos aspectos científicos, o que se pretende ao revelar o cuidado é enfatizar a característica do processo interativo , de energia criativa, emocional e intuitiva, que compõe o lado artístico além do aspecto moral.”
A Enfermagem e o Cuidar
No cotidiano do trabalho da enfermagem observamos jornadas exaustivas e ininterruptas de plantões, sobrecarga de tarefas e condições precárias, seja de recursos humanos ou materiais, além da convivência com a dor e o sofrimento alheio, carregados
de significados próprios. -
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Nightingale expressou a dimensão artística da enfermagem no cuidado quando se referiu à profissão como uma das mais belas de todas as artes, pois necessita de toda dedicação, assim como a de um artista ao realizar a sua obra de arte. Nota-se que há preocupação com uma mudança de valores, uma vez que estudiosos, na enfermagem, têm se ocupado em ampliar a visão dos profissionais acerca do cuidado.
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Procuram vislumbrá-lo sob uma ótica mais abrangente, coligando racionalidade e sensibilidade, tornando-o um processo interativo entre quem cuida e quem é cuidado. Embora o cuidado venha sendo estudado em outras disciplinas, é na enfermagem que este se sobressai, dado ser ele a essência e a razão maior de sua existência, como disciplina e profissão. O desenvolvimento do conhecimento de enfermagem faz-se pela reflexão das ações realizadas no cotidiano e principalmente pela vontade de avançar, somando, ao fazer tecnicista, um fazer/pensar mais humanitário. Todavia, no processo de busca de conhecimentos a respeito do cuidado, faz-se necessário a realização de estudos que explorem e cultivem esse fenômeno em nossa sociedade, contribuindo para uma melhor qualidade dele. Assim, nada melhor do que tomar atitudes e ir além de ponderações teóricas e avançar para uma aventura de âmbito exploratório e prático. Podemos afirmar que os equipamentos favorecem o atendimento imediato, dão segurança para toda a equipe, porém, podem contribuir para tornar as relações humanas mais distantes, fazendo com que o cliente se sinta abandonado.
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“[...] a visão tecnicista leva a inversão de valores, preocupação excessiva com a máquina e pouca preocupação com o ser humano internado “. Talvez saibamos mais sobre a máquina e pouco sobre o ser humano que estamos cuidando, tratando-o às vezes como objeto das determinações ou do cuidado. A enfermagem precisa assumir na prática uma atitude de cuidado humano, com sensibilidade e conhecimento, que se torne tão importante quanto à atitude técnica. A enfermagem é capaz de promover e desenvolver transformações no cuidado, necessárias ao ser humano, atingindo resultados para si e para o outro. Na relação enfermagem- cliente, ambos vivenciam, a partir de suas experiências, um processo de aprendizagem que tem o cuidado transpessoal como facilitador.
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Psicologia Transpessoal
Psicologia Transpessoal tem como principal objetivo tratar o homem como um ser integral, ou seja, um ente complexo que engloba aspectos biológicos, mentais, sociais, ecológicos e, muito em especial, espirituais, o que amplia grandemente o atual campo da pesquisa em psicologia. O fato é que a Psicologia Transpessoal toma como fundamento o conceito de “auto-transcendência”, que vai além do conceito fundamental próprio da Psicologia Humanista, de “auto-realização”, embora o primeiro, na maior parte das vezes, só se manifeste após um desenvolvimento satisfatório do segundo. O caso seria, pois, de entendermos o ser humano numa concepção holística e sistêmica, onde ele é, ao mesmo tempo, autônomo em alguns níveis e, ao mesmo tempo, parte integrante de outros níveis, mais elevados e sutis, como, por exemplo, a sociedade e a biosfera. Esta mesma concepção holística está presente nas palavras de Andras Angyal, escritas em 1956:
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“Visto sob este ponto de vista o desenvolvimento integral do ser humano parece lutar basicamente para afirmar e expandir sua autodeterminação. É um ser autônomo, uma entidade que cresce por si mesma e que se faz valer de modo ativo, ao invés de reagir passivamente como um corpo físico aos impactos do mundo que o rodeia. Essa tendência fundamental se expressa na luta da pessoa para consolidar e desenvolver seu autogoverno, em outras palavras, para exercer sua liberdade e organizar os itens relevantes de seu mundo a partir do centro de governo autônomo que é o seu interior. Esta tendência que chamei de “propensão para autonomia crescente” se expressa na espontaneidade, na auto-afirmação, no esforço pela liberdade e pelo domínio de si”.
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Capítulos
- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- Abertura ( musicoterapia)
- A Enfermagem
- A Enfermagem e o cuidar
- Psicologia Transpessoal
- Humanização
- Organizando o ?cuidar?
- Falando de Jean Watson
- Teoria do Cuidado Transpessoal
- Cuidando com qualidade/A visão de Jean Watson
- Fatores importantes no cuidar para Jean Watson
- Ambiente Restaurador
- Os Direitos do Paciente
- Relacionamento Interpessoal
- A Importância da comunicação
- A Importância da atuação da Enfermagem no cuidado Transpessoal
- Como cuidar de sí para melhor cuidar do próximo
- Enfermagem e Paciente
- Considerações Finais