Curso Online de ÉTICA PROFISSIONAL NA ENFERMAGEM

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ABORDAR O SURGIMENTO DA ENFERMAGEM E EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE NO DECORRER DOS PERÍODOS HISTÓRICOS.

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ABORDAR O SURGIMENTO DA ENFERMAGEM E EVOLUÇÃO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE NO DECORRER DOS PERÍODOS HISTÓRICOS.

GRADUADA EM BACHAREL EM ENFERMAGEM- UNIABEU-RIO,CONCLUSÃO 2008.PÓS-GRADUADA EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA-(UERJ)-RIO,CONCLUSÃO EM 2010.ATUAL: CURSANDO ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM NEONATOLOGIA-UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA-(USS)CLÍNICA PERINATAL LARANJEIRAS-RIO,CONCLUSÃO EM JUNHO 2012.SUPERVISORA DE ENFERMAGEM NO SETOR UTI NEONATAL DO HOSPITAL PASTEUR E SUPERVISORA DE ENFERMAGEM NO SETOR CTI PEDIÁTRICO DO HOSPITAL INCA E URGÊNCIA PEDIÁTRICA DE NOVA IGUAÇU(UPNI).



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  • HISTORIA DA ENFERMAGEM

    historia da enfermagem

    enf.ª esp kátia carvalho de souza pereira

  • SURGIMENTO DA ENFERMAGEM

    surgimento da enfermagem

    a profissão surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. as práticas de saúde instintivas (por inst.) foram as primeiras formas de prestação de assistência. numa primeira fase da evolução da civilização, estas ações garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, levando em linha de conta a espiritualidade de cada um relacionada com a do grupo em que vivia. mas, como o domínio dos meios de cura passaram a significar poder, o gênero masculino (o homem), aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e se apoderou dele.

  • as práticas de saúde mágico-sacerdotais abordavam a relação mística entre as práticas religiosas e de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. este período corresponde à fase de empirismo (em que as coisas se faziam por tentativa e erro sem nenhum fundamento cientifico mas sim com base na experiência de quem ministrava os cuidados). essas ações permanecem por muitos séculos desenvolvidas nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.
    posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da itália e na sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa.

  • a prática de saúde, antes mística e sacerdotal (inicia-se no século v a.c., estendendo-se até os primeiros séculos da era cristã), passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano. essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. este período é considerado pela medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de hipócrates (hipócrates de cós - nasceu na antiga grécia, considerado por muitos como uma das figuras mais importantes da história da saúde – é freqüentemente considerado o "pai da medicina" ou o "pai das profissões da saúde"), que propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. não há caracterização nítida da prática de enfermagem nesta época.

  • as práticas de saúde medievais focalizavam a influência dos fatores socioeconômicos e políticos do medieval e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. esta época corresponde ao aparecimento da enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos v e xiii. foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como características inerentes à enfermagem. a abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.
    as práticas de saúde pós monásticas evidenciam a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício da enfermagem no contexto dos movimentos renascentistas e da reforma protestante. corresponde ao período que vai do final do século xiii(13)ao início do século xvi(16). a retomada da ciência, o progresso social e intelectual da renascença e a evolução das universidades não constituíram fato de crescimento para a enfermagem.

  • enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de reforma religiosa e das conturbações da santa inquisição. o hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivo.
    sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativo para as mulheres de casta social elevada. esta fase, que significou uma grave crise para a enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.
    as práticas de saúde no mundo moderno analisam as ações de saúde e, em especial, as de enfermagem, sob a óptica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. ressaltam o surgimento da enfermagem como atividade profissional institucionalizada. esta análise inicia-se com a revolução industrial no século xvi(16) que termina com o surgimento da enfermagem moderna na inglaterra, no século xix(19).

  • enfermagem moderna o avanço da medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. é na reorganização da instituição hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então.
    naquela época, estiveram sob piores condições, devido a predominância de doenças infecto-contagiosas e à falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta nativa, tornavam-se objeto de instrução e de experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.
    é neste cenário que a enfermagem passa a atuar, quando florence nightingale é convidada pelo ministro da guerra de inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na guerra da criméia.

  • Período florence nightingale

    período florence nightingale

    1891, florence (1820-1920)- enfermeira que criou o conceito moderno de enfermagem.

  • esta mulher em particular, foi uma referência na enfermagem. nascida a 12 de maio de 1820, em florença, itália, era filha de ingleses. possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança, o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do exército, fazendo prevalecer suas ideias. dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim.

  • no desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em roma, estudando as atividades das irmandades católicas. em 1849 faz uma viagem ao egipto e decide-se a servir a deus.
    decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes, visita o hospital de dublin dirigido pela irmãs de misericórdia, ordem católica de enfermeiras, fundada 20 anos antes. conhece as irmãs de caridade de são vicente de paulo, na maison de la providence em paris. aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. em 1854, inglaterra, frança e a turquia declaram guerra à rússia: é a guerra da criméia. os soldados acham-se no maior abandono. a mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.

  • florence partiu para scutari (cidade italiana) com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. a mortalidade decresce de 40% para 2%. os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "dama da lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. durante a guerra contrai tifo e ao retornar da criméia, em 1856, leva uma vida de inválida. dedica-se com ardor, a trabalhos intelectuais. pelos trabalhos na criméia, recebe um prêmio do governo inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da enfermagem – uma escola de enfermagem em 1959.


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