Curso Online de Atendimento na Unidade Básica de Saúde
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  • Atendimento na Unidade Básica de Saúde

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    Atendimento na Unidade Básica de Saúde

  • Planejamento Familiar e a Saúde da Família

  • Saúde da Criança e do Adolescente

    A criança é um ser humano em pleno desenvolvimento. As experiências vividas nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação da pessoa adulta que ela será no futuro. Por isso, é muito importante que as crianças cresçam em um ambiente saudável, cercadas de afeto, e com liberdade para brincar. 
    Toda criança tem direito a:
    Ser registrada gratuitamente;
    Realizar o teste do pezinho até o 5º dia de vida, na maternidade, UBS ou outro ponto de referência na Rede de Atenção à Saúde;
    Ter acesso a serviços de saúde de qualidade;
    Ter acesso à escola pública e gratuita perto do lugar onde mora;
    Receber a Caderneta da Criança ainda na Maternidade;
    Receber gratuitamente as vacinas indicadas no Calendário Nacional de Vacinação.
    Viver intensamente a infância;
    Ter acesso à água potável e alimentação adequada e saudável;
    Ser acompanhada em seu crescimento e desenvolvimento;
    Ser acompanhada pelos pais durante a internação em hospitais;
    Viver em um lugar limpo, ensolarado e arejado;
    Ter oportunidade de brincar e aprender;
    Viver em ambiente afetuoso e sem violência.

  • Para cuidar da criança, educar e promover sua saúde e seu desenvolvimento integral, é importante a parceria entre os pais, a comunidade e os profissionais de saúde, assistência social e educação. É importante estimular desde cedo o desenvolvimento da criança para que ela adquira autoconfiança, autoestima e desenvolva capacidade de relacionar-se bem com outras crianças, com a família e com a comunidade. Desse modo, terá maior possibilidade de tornar-se um adulto que desenvolveu seu pleno potencial. Realizar a vigilância do desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida é de fundamental importância, pois é nesta etapa da vida (primeiros 1000 dias de vida, que incluem a gestação e os dois primeiros anos) que o tecido nervoso mais cresce e amadurece, estando, portanto, mais sujeito aos agravos.
    Devido a sua grande plasticidade, é também nesta época que a criança melhor responde aos estímulos que recebe do meio ambiente e às intervenções, quando necessárias. O vídeo "Apurando o Olhar para a Vigilância do Desenvolvimento Infantil" uma iniciativa do Ministério da Saúde e produzido em parceria com o BID  e Alana, apresenta recomendações para a Vigilância do Desenvolvimento na faixa etária de 0 a 36 meses, baseada nos componentes anamnese, exame físico e vigilância dos marcos do desenvolvimento que englobam itens relacionados às várias  habilidades que a criança irá desenvolver, como o desenvolvimento motor grosso e fino, a linguagem, a inteligência e a  interação social.

  • A importância do brincar: Nos primórdios de sua existência, o eu, num processo criador de interpretação do mundo, criou um território interno para sua realidade psíquica. Interpretar o mundo é “inventar” e dar-lhe um sentido. O lúdico é o primeiro movimento da criança em direção ao seu potencial criador. A brincadeira é, para ela, um dos principais meios de expressão que possibilita a investigação e a aprendizagem sobre as pessoas e o mundo. Valorizar o brincar significa oferecer locais e brinquedos que favoreçam a brincadeira como atividade que ocupa o maior espaço de tempo na infância.

  • Os cuidados com o bebê começam a partir do momento em que a gravidez é confirmada, através do teste rápido e gratuito. A partir daí, a mulher passa a ter acesso a consultas de pré-natal, onde recebe orientações necessárias ao acompanhamento da gestação. Nas consultas, a gestante é examinada e encaminhada para realização de exames, vacinas e ecografias. São recomendadas no mínimo 6 (seis) consultas de pré-natal durante toda a gravidez, sendo a primeira até a 12ª semana de gestação. Ainda durante o pré-natal, a mulher deve ser vinculada à maternidade em que dará à luz.

  • É importante que a família da gestante se envolva na chegada do bebê desde a descoberta da gravidez. A presença do parceiro é um fator de proteção desde o planejamento sexual e reprodutivo até o desenvolvimento da criança ao longo da vida. Durante o pré-natal, na gravidez ou no parto, ele pode identificar sinais de perigo, tendo efeito protetor contra a mortalidade infantil e materna e contra a depressão pós-parto.
    Isso também reduz casos de violência doméstica e favorece o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Dessa forma, tem impacto positivo e duradouro tanto para crianças e mulheres, como para os homens, favorecendo o fortalecimento dos vínculos desta tríade e oportunizando aos homens atenção ao autocuidado e ao exercício de uma masculinidade mais saudável.

  • O envolvimento consciente de parceiros, independentemente de serem pais biológicos ou não, em todas as etapas do planejamento sexual e reprodutivo e da gestação, pode ser determinante para a criação e fortalecimento de vínculos afetivos saudáveis entre eles, suas parceiras e filhos(as).
    O pré-natal do parceiro orienta o envolvimento consciente e ativo de homens adolescentes, jovens adultos e idosos em todas as ações voltadas ao planejamento sexual e reprodutivo. Além disso, é uma importante estratégia de acesso dos homens aos serviços ofertados pela Atenção Primária à Saúde (APS), enfatizando ações orientadas à prevenção, à promoção, ao autocuidado e à adoção de estilos de vida mais saudáveis.

  • Durante a gravidez, a Unidade Básica de Saúde (UBS) onde a gestante realiza o pré-natal deve encaminhá-la para conhecer a maternidade onde será realizado o parto. A forma como uma criança é recebida no momento do nascimento faz diferença para o seu desenvolvimento saudável e pleno. Por isso, a Rede de Atenção à Saúde (RAS) busca oferecer um cuidado adequado, respeitoso e humanizado à mulher e à criança no momento do parto, inserindo o parceiro nesse cuidado de forma equânime. Ressalte-se ainda, a existência da Lei do Acompanhante (Lei Federal nº 11.108/2005), que determina que os serviços de saúde são obrigados a permitir à gestante o direito a acompanhante, de livre escolha da mulher, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto.

  • Cortar o cordão umbilical quando parar de pulsar: O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam cortar o cordão umbilical de todos os recém-nascidos, independentemente de sua idade gestacional, somente após a parada total da circulação, quando o cordão está achatado e sem pulso (aproximadamente 3 minutos ou mais depois do nascimento). A recomendação é necessária porque enquanto o cordão está pulsando, ainda há circulação do sangue entre o recém-nascido e a placenta, fazendo com que o clampeamento em tempo oportuno tenha profundos efeitos para a saúde do bebê, como o aumento do volume sanguíneo do recém-nascido e das reservas de ferro e diminuição das chances de desenvolver anemia nos primeiros 6 meses de vida. Esse é um momento bastante especial e pode valorizar a participação do parceiro na realização do clampeamento do cordão umbilical, de modo que ele se sinta incluído no momento do parto e inicie o exercício de sua paternidade, após o nascimento do bebê.


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