Curso Online de ÉTICA PROFISSIONAL

ética e ética profissional

ética dos bens e correntes gregas/
direitos do advogado (art. 6º e 7º)

classificação da ética

ética dos bens (eudemonismo, hedonismo e idealismo);
- e ainda, a ética nas correntes filosóficas gregas (socrática, platônica, aristotélica, epicurista e estóica);

ética dos bens

para miguel reale, o bem é a força ordenadora da ética. a vida humana deve ser o percurso em busca do bem.
de modo geral, toda ética é (deveria ser) uma ética dos bens, posto que a finalidade da ética é a conduta dirigida para a consecução daquilo que é bom.
na ética dos bens admiti-se a existência de um bem supremo.
se considerarmos o agir humano pelo ângulo teleológico (da finalidade), descobriremos que todos têm a capacidade de se propor fins, escolher meios e pô-los em prática.
nalini (2010, p.58) diz que “o que alimenta a rotina é a certeza de que se faz alguma coisa tendente a reduzir a distância entre a pessoa (o que ela por enquanto é) e o ideal que ela se propôs”.

ética dos bens

nalini (2010, p.58) diz que “o que alimenta a rotina é a certeza de que se faz alguma coisa tendente a reduzir a distância entre a pessoa (o que ela por enquanto é) e o ideal que ela se propôs”.

ética dos bens

assim, o supremo bem da vida consistiria na realização do fim próprio da criatura humana, afirma nalini.
hierarquia dos fins – para se estabelecer uma hierarquia ética dos fins bastaria verificar qual deles pode ser simultaneamente meio e fim para a obtenção de um telos. quando nos deparamos com um fim que não pode ser meio para qualquer outro, então esse é o seu bem supremo.

eudemonismo

eudemonia quer dizer felicidade: a busca por um vida feliz seria o princípio e o fundamento dos valores morais.
é eticamente positiva a atitude aproxima o homem da felicidade. mas qualquer atitude?
todos os outros fins da vida seriam meios para se atingir a felicidade.
desse modo, a ética teria a função de dispor sobre os meios para se atingir esse bem que é a felicidade.
entre os gregos, exemplifica esse modo de pensar o filósofo aristóteles. propõe o justo meio (a proporcionalidade, razoabilidade têm no justo meio seu antecedente filosófico).

hedonismo

para o hedonismo, o bem está no prazer. pode aparecer na forma do prazer sensual, no deleite da tranquilidade, no exercício de atividades artísticas e intelectuais.
muitos consideram que a ética de nosso tempo é hedonista em seu viés sensual associado a tentativa de se evitar qualquer desconforto.

hedonismo x ética cínica (ou ética do barril)

para os cínicos, o princípio ético básico seria: “o verdadeiro bem está na libertação das coisas efêmeras.”
libertar-se do luxo, do prazer, da vaidade, do poder e até mesmo da boa saúde.
todos podem alcançar o bem pelo desapego.
seu fundador teria sido antístenes e sua maior figura diógenes, que vivia – dizem -, num barril possuindo apenas um cajado, uma túnica e um embornal para por pães.
sócrates no mercado de atenas teria dito: “vejam quantas coisas o ateniense precisa para viver!”.

idealismo ético

no estoicismo, por exemplo, não se aspira a felicidade mas o ser bom.
para o idealismo ético a finalidade última do ser humano é a prática do bem.
a virtude é fim e não meio, ou seja, impõe-se à criatura humana ainda que não extraia dela felicidade ou prazer.

formas mistas

nalini aponta a existência de formas mistas nas quais se combinam as modalidades já apresentadas.
temos o eudemonismo idealista, onde a felicidade é o fim e a virtude o meio para alcançá-la, e o eudemonismo hedonista, onde a felicidade é o bem supremo e o prazer seria o meio para atingi-la.
importante afirmar que na realidade empírica o mais comum é não se encontrar formas puras.

ética dos bens – ética socrática

princípios básicos - “só sei que nada sei” e “conhece-te a ti mesmo”;
sócrates assume a sabedoria como a virtude máxima. ela é o supremo bem.
seu método é o da maiêutica.
características:
-toma o homem como ser social e político;
-para sócrates, conhecendo o bem o ser humano poderá praticá-lo e se tornar feliz. o mal é decorrência da ignorância.