Curso Online de PERCEPÇÃO VISUAL DESIGN

percepção visual

salvador dali (1904-1989)
photographer philippe halsman (1906-1979)
gelatin silver print, 1944
published december, 2000

disponível em: www.goldbergmcduffie.com/.../exhibit.html

a percepção visual está relacionada ao conhecimento teórico e descritivo das formas e suas expressões sensoriais. através da percepção visual poderemos apreender as formas que estão a nossa volta, formas essas relativas à natureza ou produzidas pelo homem.
para o design de moda é fundamental desenvolver a capacidade de “saber ver” pois alguns elementos como: o equilíbrio, a textura, o movimento, os shapes, são fatores que darão harmonia à composição de uma coleção.

também, devemos observar elementos que nos sirvam de inspiração, e é através da observação que poderemos extrair informações para tal finalidade.

elementos da percepção visual são estudados pelas teorias da gestalt.

gestalt trata-se de uma corrente da psicologia que estuda, entre outros, o fenômeno da percepção, ela surge no começo do século xx, e tem como principais nomes max wertheimer (1880-1943); wolfgang köhler (1887/1967) e kurt koffka (1886/1941).

a teoria da gestalt para a percepção visual diz que não podemos ter o conhecimento do todo pelas partes, mas sim das partes pelo todo. é através da percepção da totalidade que o cérebro registra, assimila, percebe uma imagem ou um conceito.

“não vemos partes isoladas, mas relações. isto é, uma parte na dependência de outra parte. para a nossa percepção, que é resultado de uma sensação global, as partes são inseparáveis do todo e são outra coisa que não elas mesmas, fora desse todo”. (gomes filho, 2003, p.19)

segundo estudiosos da gestalt, o motivo de vermos as coisas tal qual as vemos, é proveniente de forças externas e internas.
forças externas: estimulo da retina através da luz que provem de objetos externos.
forças internas: organizam as formas em uma determinada ordem, dadas através dos estímulos (forças externas). as forças internas, para a gestalt, provêm “da própria estrutura do cérebro” (gomes filho, 2003, p.20).

elementos da percepção visual: forma, ponto, linha, textura, volume, equilíbrio.

forma
a forma é definida através de diferentes noções, vamos trabalhar com as definições de aristóteles e do dicionário aurélio:
01. “1. [...], a forma é aquilo que determina a matéria para ser algo, isto é, aquilo pelo qual alguma coisa é o que é”.

02. “5. forma (8). (do lat. forma.). s.f. 1. os limites exteriores da matéria de que é constituído um corpo, e que conferem a este um feitio, uma configuração, um aspecto particular”.
(gomes filho, 2003, p.39)

forma está em tudo aquilo que vemos, é a aparência externa das coisas.
a forma possui diversos aspectos e é constituída de ponto, linha, plano e volume.
podemos considerar o rosto de uma pessoa como uma forma, vemos o rosto como um todo, mas podemos ver nesse mesmo rosto outras formas, como o formato do cabelo, dos olhos, da sobrancelha, da boca, do nariz, entre outros.
um objeto qualquer como um copo possui uma forma cilíndrica.
uma mesa uma forma retangular.
através da harmonia (equilíbrio) é que poderemos criar imagens, figuras, objetos, roupas com uma bela estética.

ponto

unidade simples e a mais comum da comunicação visual;

oferece grande força de atração visual, quer de maneira natural quer criado pelo homem;

“[...] considera-se como ponto qualquer elemento que funcione como forte centro de atração visual [...], seja numa composição seja num objeto”. (gomes filho, 2003, p.42)

o semáforo representa o ponto como forte fator de atração visual, criado pelo homem, quer pelas suas formas arredondadas, quer pelas cores e sua retroiluminação.

nessas imagens o sol aparece como ponto central da atração visual, os pássaros e o barco podem ser considerados pontos secundários.

por-do-sol

por do sol no guaíba andré gomes

linha
podemos definir linha como uma sucessão de pontos, que de tão próximos não os podemos reconhecer individualmente, tornando-se assim a linha.
podemos também, definir linha como um ponto em movimento.
a linha não é estática, “[...] é o elemento visual inquieto e inquiridor do esboço”. (dondis, 2000, p.56) ela é decisiva e apresenta sempre um propósito e direção.