Curso Online de Filosofia e ética

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Filosofia e ética

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O curso Filosofia e ética tem o intuito de compilar informações para que os interessados sobre a temática possam aprimorar seu conhecimento sobre as principais características da área, tais como: ética: éticas aplicadas a reconfiguração do âmbito moral, ética e racionalidade moderna, o ensino de filosofia e a criação de conceitos, a ética em Aristóteles e Platão.

É válido mencionar que Platão e Aristóteles viam a Ética vinculada à vida Política, sendo esta um meio da Ética, por ser o indivíduo um ser sociopolítico por natureza, ele necessita da vida em comum para alcançar a felicidade. O ser humano não consegue alcançar a plenitude moral sozinho.

A definição de ética não se exprime por um senso comum entre os estudiosos. Muitas são as definições dadas por autores consagrados, cada qual com suas peculiaridades. Alguns a definem como o meio pelo qual se exprime o bem, outros como sendo a investigação voltada à perfeição do homem, existem aqueles que digam que a ética é a elaboração de uma vida bela e boa. Não se esgotam ai as definições existentes, porém para tal seria necessário um trabalho com este fim específico.

ADOLFO SANCHES VÁZQUEZ em obra própria que discorre sobre o assunto define que “a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é a ciência de uma forma específica de comportamento humano”.[1]
A teoria é em sua essência o princípio básico e elementar de uma arte ou ciência, acredita-se que este grupo de hipóteses sobre ética guiam a tênue percepção de certo ou errado dentro do contexto social. É, por assim dizer, o estudo dos comportamentos aceitáveis

A ética é a difusão teórica que norteia o processo cognitivo de certo e errado, que influi sob a inserção social do indivíduo.
Assim como a definição, o surgimento da ética não se apresenta de forma consensual entre os doutrinadores. O Professor RICARDO QUADROS GOUVÊA acredita ser Platão o “pai” da ética, profere ele:

“Se fôssemos, no entanto, definir o ‘pai’ da ética, eu penso que teríamos que escolher Platão. Cerca de 350 anos antes do início da era cristã, Platão construiu um complexo sistema filosófico que é extremamente popular e influente até os nossos dias. (...).
Platão desenvolveu uma teoria racional sobre a constituição da alma humana que julgava ser eterna estabelecendo a supremacia e autonomia da razão sobre as emoções e os impulsos ou a vontade”.[2]

Apesar de descordarmos do autor quanto à suposta paternidade de Platão, isso porque codificações anteriores ao pensamento platônico, como o próprio Código de Hamurabi, já representavam uma sistematização de condutas a serem seguidas por todos, é inegável a sua importância para o pensamento ético.
De acordo com Platão somos nós mesmos quem devemos decidir se almejamos purificar a alma e adotar uma vida mais justa. Ele diz que seria preciso suspender o julgamento e, não tendo certeza absoluta, seguir apenas o que é razoável. No lugar da busca da harmonia cósmica, a virtude passou a ser a prática e então assim defende a idéia de que nossas almas são a sede da consciência moral. Além desse sentido individualista, Platão acredita que não só o indivíduo precisa encontrar a felicidade, mas também essa felicidade deve se refletir na sociedade como um todo, a ética se encontra no ambiente social.

“(...) os seres humanos só podem ser felizes no seio de uma comunidade bem organizada. Em conseqüência, o bom e o justo para o indivíduo não podem ser algo distinto do que se considere bom e justo para o bem comum, para alcançar ou manter uma cidade feliz”.[3]

Sendo a polis o terreno da consciência moral, o filósofo se preocupou em elaborar a obra A República, criando um Estado Ideal que seria um modelo a ser seguido para se experimentar uma vida melhor, tanto em sociedade quanto pessoal. No entanto nos perguntamos se existe realmente justiça nesse estado-modelo. Ou mesmo, se seria o modelo de ética apresentado na obra um modelo de boa vida como sustentam alguns autores, e ainda se existem objeções à ética da boa vida.