Curso Online de Autismo: suas principais características

Autismo: principais características

Prof: Luana Rezer Lopes
Pedagoga e Neuropsicopedagoga
luanarezerlopes@gmail.com

Sumário:

Introdução;
Definição de conceitos;
Inclusão através dos tempos;
Ambiente educacional;
Avaliação diagnóstica;
A importância do lúdico;
Procedimentos metodológicos;
Referências;

Introdução:

Ao tratar do aspecto educativo dos alunos portadores da Síndrome de Autismo, faz-se necessário, olhar para a histórica, passando pela seleção natural, marginalização promovida na Idade Média, até um período marcado por uma visão mais humanista na Europa após a Revolução Francesa; para se chegar ao século XIX, aos primeiros estudos sobre deficiências.

Sendo assim o autismo é identificado como uma síndrome representada por um distúrbio no desenvolvimento da personalidade. Tem como suas principais características a incapacidade da criança em desenvolver interações sociais, tendo movimentos estereotipados e ritualizados e no extremo oposto, quadros de autismo,

Chamados de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e bizarra, e sem movimentos repetitivos tão evidentes.

Os primeiros sintomas ocorrem antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. Alguns autistas (cerca de 20%) apresentam um desenvolvimento relativamente normal durante os primeiros 12 a 24 meses de vida, depois entram em um período de regressão, caracterizado pela perda significativa de habilidades na linguagem. A deficiência intelectual está presente em cerca de 75% dos autistas. Esses autistas com deficiência intelectual são propensos a se automutilar, batendo com a cabeça em objetos ou mordendo as mãos, por exemplo.

O Autista na sua inclusão escolar, para ter uma eficaz aprendizagem, o professor deve proporcionar uma organização do método de trabalho, incluindo a sala de aula, de maneira que os alunos entendem onde ficar, o que fazer e como fazê-lo, de forma mais independente possível.

Nos tempos atuais é possível encontrar várias instituições de ensino que ainda estão tentando se organizar para incluir crianças que possuam algum tipo de deficiência. É comum através das pesquisas, ouvirmos que as escolas buscam cada vez mais inserir em suas salas de aulas crianças com outras deficiências, síndromes etc. É por meio do lúdico que o educador ensina e desenvolve de forma prazerosa aspectos mentais, físicos e sócio emocionais da criança.

A inclusão escolar tem sido um desafio para todo o sistema educacional brasileiro, principalmente para as criança, pais, professores, diretores e toda equipe administrativa e pedagógica das escolas. O incluir não se refere somente ao acesso das crianças com algum tipo de deficiência à escola, mas também, em mudar paradigmas e o comportamento de todo o corpo escolar e social.

O trabalho interdisciplinar, de forma integrada, se faz sempre necessário. Os profissionais da área devem usar procedimentos e técnicas em comum, discutindo com os pais sobre as necessidades da criança e sobre o que ela consegue entender e executar. Para isso, sugere-se um profissional de apoio, com o objetivo de organizar e orientar o tratamento, assim como analisar a evolução do quadro do paciente.

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS:

 
Embora inúmeras pesquisas ainda venham sendo desenvolvidas para definirmos o que seja o autismo, o termo autismo foi criado em 1911, pelo psiquiatra Paul Eugen Bleuler, para indicar um sintoma da esquizofrenia, só que em uma área dirigida para o retraimento do indivíduo. Porém, esse transtorno foi descrito pela primeira vez, em 1943, pelo médico Leo Kanner, através de seu estudo sobre “[...] um grupo de crianças gravemente lesadas que tinham certas características comuns. A mais notável era a incapacidade de se relacionar com pessoas” (GAUDERER, 1993, p. 09). Desde então muitos estudos foram desenvolvidos com o objetivo de buscar informações variadas sobre esse distúrbio do desenvolvimento humano.