Curso Online de A ÉTICA FAMILIAR NA FORMAÇÃO SOCIAL E EMOCIONAL DO INDIVIDUO

A ÉTICA FAMILIAR NA FORMAÇÃO SOCIAL E EMOCIONAL DO INDIVIDUO

Objetivo: Demonstrar a formação ética do indivíduo, enfatizando a família enquanto principal influenciador da formação dos valores morais do sujeito, além de analisar por meio da psicanálise os fenômenos conscientes e inconscientes que resultam nas decisões cotidianas sobre como o indivíduo considera certo e errado perante o que é aceitável para si e para a sociedade, visando suas implicações no psiquismo humano e em suas relações sociais, considerando o exemplo dos pais o tempo junto do filho, diálogo e o domínio sobre ações dos descendentes permite perfazer mudanças positivas relacionadas a essas questões presentes em atos de independência da prole.

PALAVRAS-CHAVE:
Família, ética, psiquismo, indivíduo, sociedade.

1-Introdução
O tema versa sobre a ética e a moral em família e sua forma de agir e reagir dos membros que determina a criação de adultos com um bom ou mau caráter, a problematização baseia-se nos valores morais e condutas que define as ações e comportamento humano, levando em consideração as três estruturas do aparelho psíquico: o ID (pulsões), Ego (razão) e Superego (parte moral que representa os valores da sociedade).

Conceituando com objetividade a falta de consciência moral e ética reflete-se em: mentiras, traição (em relacionamentos que tenham o acordo de fidelidade expandindo para o trabalho e as amizades), dúvidas, tratamento diferenciado com as pessoas que possam trazer algum beneficio, manipulação, não cumprir com suas palavras, não assumir as próprias responsabilidades atribuindo-as a outra pessoa. Todas essas características trazem em si a falta de ética frequentemente observada em pessoas sociopatas (indivíduos com ausência de consciência e consideração pelos outros). (CONTI, 2016).

A pesquisa teve como problematização crianças que crescem e se tornam adultos com condutas fora da ética para se viver em harmonia com a sociedade, este estudo justifica-se pela forma como os pais tomam propriedade para controlar os maus impulsos dos filhos, sendo que atualmente a ética e, em especial no Brasil, está em desconstrução, deixando a impressão que não se tem justiça e que é legal levar vantagem. Este artigo objetiva demonstrar como a família influência na formação ética, emocional e social do individuo. Bem como a educação, o exemplo em casa, o tempo, a permissividade, a impunidade e a comunicação são ações de reflexão para uma boa criação.

Assim, este curso é compreendido por alguns teóricos da psicanálise de Freud: Erich From e Michael Roth além de outras análises bibliográficas de estudiosos da pedagogia, filosofia, psicologia e sociologia. Organizado em subtemas apresentados em seguida. A metodologia utilizada foi à bibliográfica relacionada com o estudo proposto, delimitado em conceitos de cultura, ética, moral e condutas da sociedade enfocada na brasileira e temas da psicanálise.

2-Conceituando família e consciência moral
A família é o primeiro estágio de convivência do ser, onde a criança se referência, aprende e incorpora valores éticos conforme define Duarte (2015). O seio familiar é o lugar onde os pais são responsáveis por garantir a sobrevivência, proteção, atenção, amor, educação, valores e cultura; a desenvoltura e empenho que os pais e demais parentes terão com seus filhos definirão o futuro de cidadãos, comunidades e nações.

Na ética em sociedade, pode-se perceber que é na família onde se inicia as fontes primárias da cultura, que segundo Michael Roth (2000, p. 81) em Freud conflito e cultura os pais são para a criança a única autoridade e referência para todas as crenças, pois o seu desejo é ser igual aos pais, contudo a autoridade dos pais é introjetada no eu, ali formando o núcleo do supereu, nome dado por Freud a instância que impõe a lei e emite o juízo, ou seja, a consciência moral do ser. Assim, a autoridade paterna é preservada inconscientemente, todavia o supereu pode se tornar muito exigente com relação à culpa e à vergonha.

Pelas declarações de Freud é possível compreender outra questão relevante na formação do caráter do sujeito que se refere à autoridade que os pais impõem aos filhos, tornando-se algo inconsciente necessário para que as crianças possam crescer discernindo suas escolhas e ações com elementos de juízo, consciência e coerência. Ressaltando a influência dos ascendentes na disciplina, demonstrado por meio de limites em ocasiões necessárias para o alinhamento da personalidade em desenvolvimento do ser humano, mas que, ao mesmo tempo, essa autoridade não pode ser feita demasiadamente em desequilíbrio correndo o risco de causar transtornos de personalidade para aquele que recebe tal autoritarismo.

2.1 O exemplo familiar e a convivência
Mediante a problemática familiar referente às carências morais, a falta de convívio diário pela composição familiar, integrasse aos fatores que contribuem para diminuir o domínio sobre a prole em aspectos de independência ou subordinação de decisões dos descendentes, contudo, ainda soma-se a influência de exemplos no lar pelos genitores.