Curso Online de Revolta da Chibata
A história da Revolta da Chibata e atividades para trabalhar o assunto em sala de aula.
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Modelo de certificados (imagem ilustrativa):
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Revolta da Chibata (Revolta de Marinheiros). Professor Paulo Máximo
Revolta da Chibata (Revolta de Marinheiros). Professor Paulo Máximo
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Informações:
Informações:
Local: Rio de Janeiro;
Data: 22 de novembro de 1910;
Líderes (participantes): marinheiros da Armada, liderados pelo marinheiro João Cândido;
Motivos: devido aos castigos físicos;
Influência ideológica:
influência de marinheiros ingleses – sindicalização.
Revolta do encouraçado Potemkin – Rússia;
Propostas:
fim dos castigos corporais.
melhoria dos vencimentos.
anistia aos amotinados;
Consequências:
Congresso Nacional: votou lei que concedia anistia aos rebelados.
segunda revolta: Ilha das Cabras – repressão.
prisão de líderes, inclusive de João Cândido. -
Caso do marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes:
Caso do marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes:
O deputado José Carlos de Carvalho, que acabou servindo de intermediário entre os rebelados e o governo, esteve a bordo do navio e pôde verificar o estado do marinheiro:
(...) mandavam vir à minha presença uma praça que tinha sido castigado de véspera. Examinei essa praça e trouxe-a comigo para terra, para ser recolhida ao Hospital da Marinha. [...] As costas desse marinheiro assemelhavam-se a uma tainha lanhada para ser salgada. (Edagar Morel, in Villa e Furtado, p.106)
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Episódios:
Episódios:
“Seriam talvez quatro horas da manhã. E vi imediatamente na baía, frente a mim, navios de guerra, todos de aço, que se dirigiam em fila para a saída do porto. Reconheci o encouraçado Minas Gerais que abria a marcha . [...] De repente vi acender-se um ponto no costado do Minas e um estrondo ecoou perto de mim, acordando a cidade. Novo ponto de fogo, novo estrondo. [...]” (Oswald de Andrande, in Melani, p.67)
Foto do encouraçado Minas Gerais.
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Fim dos castigos físicos:
Fim dos castigos físicos:
João Cândido tinha certa simpatia pelo presidente Nilo Peçanha, tanto que, ainda na Inglaterra, havia desenhado a carvão o perfil do vice que assumira a presidência. A notícia do desenho chegou aos ouvidos do ministro Alencar que, durante a cerimônia de inauguração do Minas Gerais, fez questão de apresentar o marinheiro de Rio Pardo ao presidente, que visitava o navio com todo seu ministério. A audiência no Palácio do Catete fora marcada com o pretexto de nela ser entregue oficialmente o desenho ao presidente. No dia marcado, com seu uniforme mais novo, João Cândido foi recebido no Salão Amarelo, gabinete no qual o presidente despachava. Depois da entrega do presidente, Nilo Peçanha partiu para o que mais lhe interessava:
“Sabemos da sua liderança e queremos tê-lo como um aliado dentro do Minas Gerais”. Foi o bastante para que o marinheiro, tomado pelas lições adquiridas com os sindicalistas ingleses, disparasse: “em nome de toda a marujada, quero aproveitar a oportunidade e pedir ao senhor o fim da chibata, que tanto humilha nossa categoria”.Houve um certo constrangimento mas, com a intervenção do ministro Alexandrino de Alencar, que passou a relembrar os tempos de Rio Pardo, a audiência prosseguiu com amenidades. (Granato, p.32-33)
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Anistia:
Anistia:
Barbosa, que apresentou na sessão seguinte do Senado (em 24/11/1910, publicação no Diário do Congresso Nacional, no. 182, ano XXII de 25/11/1910) um projeto de anistia para os revoltosos, procurando superar as discordâncias internas do Legislativo, reconhecendo o direito dos marinheiros à Revolta e realçando atitudes elogiáveis dos marinheiros durante seu movimento – não beberem nem violarem cofres dos navios, dando tom honesto à sublevação, em vez de “se entregarem aos impulsos dos instintos tão desenvolvidos e tão naturais em homens de sua condição”. Eis o texto desse projeto:
“Art. 1º. – É concedida anistia aos insurretos de posse dos navios da Armada Nacional se os mesmos dentro do prazo que lhes for marcado pelo governo se submeterem à autoridade constituída.
Art. 2º. – Revogam-se as disposições em contrário. “ (Silva, p.55) -
Hospital Nacional de Alienados:
Hospital Nacional de Alienados:
“Neste mundo nem todas as promessas se cumprem. Acreditei na palavra do Mal. Hermes da Fonseca e estou preso nesta desgraça!” (João Cândido, segundo registros clínicos do Hospital Nacional de Alienados, onde foi internado como louco indigente em abril de 1911). (Silva, p.81)
Fotos de João Cândido. -
Passados dois meses, estava impraticável sua permanência no hospital, sem nenhum motivo para a internação. Foi quando uma junta médica resolveu entregá-lo aos cuidados do governo, com a seguinte conclusão:“Nunca observamos alucinação, nem delírios. Concluímos tratar-se de um indivíduo calmo, humilde, em perfeita orientação autopsíquica, memória conservada nas suas duas formas, boa atenção e percepção, associando bem as idéias, sendo perfeita a sua faculdade de julgamento, consciente do seu estado, chamando-nos unicamente a atenção o estado de depressão permanente, excessivamente acentuado nos primeiros dias, certo grau de enfraquecimento da afetividade e seu humor mais comumente reservado”.
Com esse diagnóstico, o governo resolveu colocá-lo novamente na prisão da Ilha das Cobras, junto dos demais rebeldes da Marinha. João Cândido levou para os companheiros 50 maços de cigarro que havia guardado no período em que estivera internado. Os cigarros foram recolhidos pela guarda, logo na entrada do presídio. (Granato, p.91-92)
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Fotos de João Cândido:
Fotos de João Cândido:
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Sobre a censura à música, o compositor Aldir Blanc conta (em www.dhnet.org.br): "Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que a Marinha não toleraria loas e um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais, etc. Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra. Minha última ida ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, me marcou profundamente. Um sujeito, bancando o durão, (...) mãos na cintura, eu sentado numa cadeira e ele de pé, com a coronha da arma no coldre há uns três centímetros do meu nariz. Aí, um outro, bancando o "bonzinho", disse mais ou menos o seguinte: - Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como revolta, sangue, etc. e não é aí que a coisa tá pegando... Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica perigosa: - O problema é essa história de negro, negro, negro..."
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LEI Nº 11.756, DE 23 DE JULHO DE 2008
LEI Nº 11.756, DE 23 DE JULHO DE 2008
Concede anistia post mortem a João Cândido Felisberto, líder da chamada Revolta da Chibata, e aos demais participantes do movimento.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É concedida anistia post mortem a João Cândido Felisberto, líder da chamada Revolta da Chibata, e aos demais participantes do movimento, com o objetivo de restaurar o que lhes foi assegurado pelo Decreto no 2.280, de 25 de novembro de 1910.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 23 de julho de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Nelson Jobim
Guido Mantega
Paulo Bernardo Silva
Pagamento único
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Capítulos
- Revolta da Chibata (Revolta de Marinheiros). Professor Paulo Máximo
- Informações:
- Caso do marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes:
- Episódios:
- Fim dos castigos físicos:
- Anistia:
- Hospital Nacional de Alienados:
- Fotos de João Cândido:
- LEI Nº 11.756, DE 23 DE JULHO DE 2008
- Vetada indenização à parentes de João Cândido
- Marinha libera documentos do Almirante Negro
- Conteúdo dos documentos:
- Posição da Marinha:
- Fotos de João Cândido:
- Atividade complementar: Debate
- Esquema:
- 2º Passo:
- 3º Passo:
- Grupo de Defesa: Advogados de Defesa.
- Texto – Politização.
- Texto – Insatisfação.
- Texto – Chibata.
- Texto – Planejamento de revolta.
- Texto – Repercussão internacional.
- Texto – Anistia.
- Texto - Apoio.
- Texto – Oposição a anistia.
- Texto – Palavras de João Cândido.
- Texto – Massacre.
- Texto – Hospital Nacional de Alienados.
- Grupo de Acusação: Promotoria.
- Texto – Modernização da Armada.
- Texto – Ameaça dos revoltosos.
- Texto – Mortes.
- Texto – Pânico.
- Texto – Fracasso dos marinheiros.
- Texto – Contra a chibata.
- Texto – Problema da indisciplina.
- Texto – Papel de João Cândido.
- Texto – Remodelação da Marinha.
- Texto – Militante.
- Modelo de Avaliação
- Bibliografia: