Curso Online de Máfia uma breve historia

Uma breve história

A Máfia sempre, desde seu início, procurou legitimar seu poder. Para isso se junta com o poder público “comprando” juízes, políticos, policiais, e funcionários estatais em geral. Pode-se encontrar grupos mafiosos dentro da instituição pública. Essa ligação entre poder público e máfia gera ganhos para ambos os lados. Se por um lado a máfia “entra” e faz parte do poder público o agente corrompido ganha dinheiro com isso. Os mafiosos participam e colaboram com campanhas políticas fato que contribui para que haja um Estado Mafioso, onde são discutidos os interesses da máfia. Existe uma hierarquia na máfia. Quase todos os grupos mafiosos tem um ritual de batismo para aqueles que querem entrar na máfia.

Segundo a revista Máfia a tradição do crime, editora escala o mafioso faz papel de bom moço. Ou seja, não apresenta aparência duvidosa, veste-se sem pretensão, age de maneira respeitosa, conversa sobre tudo, é suave nas palavras e humilde nos modos. Com a policia é humilde e cortês. Procura ser útil, dar entrevista na mídia e frequentar locais públicos. Mas se pego em delito dirá que está sendo vitima das circunstâncias ou desconhecia até então o assunto em questão.

Também segundo a revista Máfia a tradição do crime as atividades criminosas se concentram em: proteção a fazendeiros e a comerciantes do interior; interferência nos agentes públicos com o objetivo de participar dos negócios do Estado, como licitações; influência sobre os funcionários de Estado na tentativa de orientar as suas tomadas de decisões; contrabando, o qual envolve as mais diversas mercadorias; crimes de pistolagem; trafico de drogas.

A máfia, tal como a conhecemos se originou na Itália. Foi nas cidades sicilianas que a máfia surgiu e atualmente suas atividades representam 7% do PIB italiano.
A máfia quando mata alguém manda o primeiro buquê de flores na hora do velório. O general Alberto De La Chiesa, chefe da policia siciliana e designado, pelo governo, como o principal caçador de mafiosos assim que tomou posse do cargo afirmou: “Só existe um poder, o do Estado italiano. Não podemos abdicar

desse poder em beneficio de criminosos, elementos brutais e desonestos.” Após 100 dias Alberto foi encontrado morto ferido a balas no centro de Palermo. O assassinato de La Chiesa foi nada mais que um aviso sobre o que acontece com quem desafia a máfia. Existe 3 grupos mafiosos mais conhecidos na Itália. São eles: Cosa Nostra (Sicília), Camorra (Nápoles) e ‘Ndrangueta (Calábria).
Apesar de existir várias facções criminosas na Itália quem é considerada como a origem da máfia é a Sicília. A ilha tem um acesso privilegiado ao mediterrâneo o que acarretou em diversas invasões ao longo da história.

Cosa Nostra: refere-se, originalmente, ao estilo de vida usual dos criminosos da Sicília. Quando a máfia saiu do território italiano e desembarcou nos EUA os agentes do FBI ouviram a expressão e começaram a usa-la para se referir a esse grupo criminoso. Com o tempo a expressão Cosa Nostra passou a se referir apenas aos criminosos dos EUA diferenciando-os dos da Itália.
Omertá: lei do silêncio. Quem quebra essa lei tem que enfrentar as consequências nada agradáveis da traição.
Homem Feito: quando foi oficialmente aceito dentro da máfia.

Capo: Subalterno a serviço do chefe da máfia. Em sua origem era um cabeça de uma família na Sicília.
Família: expressão usada para definir cada gangue dentro da máfia. Nem todos os integrantes tem realmente parentesco consanguíneo contudo é normal parentes de mafiosos iniciarem sua carreira na máfia na mesma família que seus parentes.
Espertalhão: alguém que tem envolvimento com a máfia.
Pizzo: imposto cobrado pela máfia.

Na Sicília a cada mil pessoas uma é integrante da máfia. A Cosa Nostra é considerada a mais poderosa máfia do mundo. O nome cosa nostra (ou coisa nossa em português) significa que seus negócios só poderão ser entendidos e resolvidos pelos sicilianos.
Quem se inicia na máfia tem que fazer pacto de sangue jurando fidelidade e pagar com a própria vida se falhar. Na década de 1970 os mafiosos se dividiam numa hierarquia que se fosse desobedecida a consequência era a morte.
Por ano a máfia italiana rende 90 bilhões euros. Segundo a associação de comerciantes italianos isso dá 7% do PIB da Itália, fazendo da máfia a maior empresa do país. A mesma pesquisa divulga que cerca de 160 mil comerciantes são obrigados a pagar aos mafiosos um total de 10 bilhões anualmente. Os meios de obtenção deste dinheiro são: extorsão e chantagem. Através do roubo a máfia engorda mais 7 bilhões. Já através do jogo ilegal entra para os cofres mais 2,5 bilhões.

Com os negócios sendo tão diversificados fica difícil para a policia acabar com o crime organizado pois se conseguem desmantelar um lado há outras áreas atuando. A ação de prender os chefes eou membros do alto escalão da máfia se deu por terra pois também não trouxe sucesso para desestruturar o crime organizado. Em abril de 2006 Bernardo Provenzano, considerado o último chefão do crime organizado solto, foi preso. Foi o criminoso mais procurado durante 42 anos. Provenzano era tão cauteloso que nunca usava telefone, para que ninguém conhecesse sua voz. A polícia esperava que com a prisão de Bernardo a máfia ficasse desestruturada, mas ao invés disso o grupo se reorganizou. Provenzano foi substituído por Salvadore Lo Piccolo esse preso em 2007 sendo substituído por Matteo Messina Denaro.