Curso Online de Florais de Bach

A vida e a filosofia do Dr. Bach; preparação, modo de uso e efeito das essências florais em suas diversas formas: em seres humanos, animais e plantas.
Como se tornar um profissional na área: orientação de como fazer a primeira consulta floral e as demais; modelo de receituário e de ficha de cliente.

A Vida
 
1886 - Edward Bach nascia em setembro, em Moseley, um povoado perto de Birmingham, na Inglaterra. A sua família era originária do País de Gales, desse modo o nome deveria ser “Bach”, porém, seus colegas médicos sempre o chamavam de “Batch”, e, desde então, assim todos o chamaram. Desde criança demonstrou grande amor pela natureza, forte poder de concentração, excelente sentido de humor e profunda intuição e sensibilidade. Terminou a escola aos 16 anos e passou anos trabalhando na fábrica de fundição de latão de seu pai, em Birmingham, para poder pagar por seu próprio treinamento médico.Aos 20 anos ingressou na Faculdade de Medicina de Birmingham. Já naquela época se diferenciava dos outros alunos por se interessar mais pelos pacientes do que pelas doenças. Sentava-se à beira da cama, deixava que falassem e ouvindo-os descobria a real causa da má saúde. Foi dessa maneira que tomou conhecimento de que uma mulher que sofria de graves crises asmáticas, ficou curada quando seu único filho dera notícias, após três meses de ausência, quando partira para assumir um emprego no norte da Inglaterra. Quando ele voltou informando a ela que havia encontrado um outro emprego mais perto de casa, sua asma desapareceu completamente. Ela parou de “prender a respiração” por causa do filho. Um outro caso foi de um homem com suspeita de úlcera no duodeno. Ele estava muito angustiado porque havia perdido o emprego, possuía dois filhos jovens e sua esposa não tinha capacidade para trabalhar. Quando foi reintegrado ao trabalho, ao conseguir um outro emprego, a úlcera desapareceu.

1912 qualificou-se no University College Hospital (UCH) em Londres, onde em 1913 se tornou Médico Graduado em Acidentados. Mais tarde, nesse mesmo ano, trabalhou em cirurgias de acidentados no National Temperance Hospital. Após recuperar-se de um colapso em sua saúde, ele abriu um consultório perto da Harley Street, onde veio a ter bastante trabalho. Durante a I Guerra Mundial (1914-1918), trabalhou intensamente, sendo responsável por 400 leitos de feridos de guerra no UCH. Começou a sentir, então, que o corpo era um espelho a refletir os pensamentos da mente, e que era preciso ir além do que ocupar-se dos sintomas físicos. Pensou, então, que um método prático e completamente novo era necessário.

1915 interessou-se por imunologia e se tornou Bacteriologista Assistente no UCH.
 
 
1917 - foi acometido de um mal incurável. Embora tenha sido operado, os médicos lhe deram somente três meses de vida. Imbuído da idéia de terminar suas investigações, abandonou o hospital antes de receber alta e fechou-se em seu laboratório, trabalhando dia e noite. Passam-se os dias e, finalmente, percebeu que estava completamente curado. Essa experiência levou-o à conclusão de que um interesse absorvente, um grande amor ou um propósito definido na vida, são fatores decisivos para a saúde e a felicidade do homem. Bach vivenciou a importância do equilíbrio emocional para a cura das enfermidades.
 

1919/1922 - passou a trabalhar como patologista e bacteriologista do Hospital Homeopático de Londres, onde tomou conhecimento da obra de Samuel Hahnemann, o fundador da Homeopatia e ficou surpreso com o fato de que este havia reconhecido a importância da personalidade na doença há 150 anos atrás. Nos anos seguintes, aprofundou seus estudos na obra de Hahnemann, e decidiu preparar suas vacinas com a técnica homeopática e criou várias orais, conhecidas como os “7 Nosódios de Bach”, baseadas nas bactérias intestinais que purificavam o trato intestinal com efeitos extraordinários para o estado geral da saúde do paciente e também para os casos de condições crônicas difíceis, como a artrite, que tiveram ampla aceitação no meio médico. Porém isso não o satisfez pois além de ainda estar tratando do corpo doente e não da pessoa, a idéia de inocular o produto da doença de volta ao corpo humano, não o agradava. Estava ansioso por substituí-las por um método mais suave, possivelmente baseado em plantas. Mas durante todo aquele processo pode aprofundar-se no conhecimento do ser humano, através dos seus pacientes, dos seus amigos e de todos com que ele se deparava através da observação das reações que tinham diante de todas as experiências da vida cotidiana, em atividade ou durante o lazer, em bom ou em mau estado de saúde. E esse conhecimento foi-lhe muito importante nos anos que se seguiram. Continuou atendendo em seu consultório na Harley Street e tratando, gratuitamente, os pobres em Nottingham Place.
 

1928 no outono daquele ano, visitou o País de Gales e trouxe consigo duas plantas, Mimulus e Impatiens. Ele as preparou da mesma forma como havia preparado as vacinas orais e as prescreveu segundo a personalidade de seus pacientes, obtendo resultados satisfatórios imediatos. Mais tarde, ainda naquele ano ele adicionou Clematis. Com esses três florais, ele estava à beira de desenvolver um sistema de medicina totalmente novo.
 
1929 com 43 anos de idade, Bach era respeitado por alopatas e homeopatas de toda a Europa. Estava em pleno êxito profissional como clínico e pesquisador, quando obedecendo a um chamado interior, fechou o laboratório e seu lucrativo consultório e foi para o campo no País de Gales, em busca de outros Florais da natureza. Mais tarde, naquele mesmo ano, escreveu “Cura-te a ti mesmo”, com a mensagem de que a doença física resulta da pessoa estar em conflito com seu propósito espiritual. Este livro foi publicado em 1931 e continua sendo publicado desde então.
 
1930/1934 - esteve em Cromer, na costa de Norfolk, e descobriu os outros remédios florais e escreveu os fundamentos de sua nova medicina. Dr. Bach não cobrava por suas consultas e suas economias estavam diminuindo. Em 1934 ele se mudou para Mount Vernon, para uma pequena casa em Oxfordshire, onde continua sendo o Dr. Edward Bach Centre. Ele continuou trabalhando, escrevendo e tratando seus pacientes em Sotwell e Londres, bem como dando conferências e treinando assistentes que levassem adiante seu trabalho.
 

1936 morreu enquanto dormia. Poucas semanas antes disse aos seus colaboradores: ”minha tarefa está cumprida, minha missão neste mundo está terminada”.
 
 A Filosofia
 
A filosofia do Dr. Bach é simples e profunda ao mesmo tempo. Baseia-se na perfeição inata e na natureza espiritual dos seres humanos. Para ele, a saúde e a felicidade resultam de estar em harmonia com sua própria natureza, e realizando o trabalho para o qual viemos para cumprir de um modo único. A propósito disso ele escreveu:
 
“ Isso significa fazer o trabalho doméstico, pintar, ser fazendeiro, atuar ou servir nossos semelhantes em lojas ou em casa. E este trabalho, qualquer que seja, se fizermos com amor sobre todas as coisas, é o trabalho que devemos realizar nessa vida e no qual seremos nós mesmos.” “A doença é uma reação às interferências, é um fracasso temporário, uma infelicidade, e ocorre quando deixamos que outras pessoas interfiram em nosso propósito de vida, implantando dúvidas, medos e indiferença.”
 
Em 1928, durante um jantar comemorativo, ele teve uma revelação. Observando os convidados, ele compreendeu que eles se encaixavam em vários tipos distintos, que correspondiam às 7 áreas de conflito ou estados mentais negativos que acompanham as enfermidades. São eles:
 

Medo
Incerteza
Falta de interesse às circunstâncias presentes
Solidão
Hipersensibilidade a influências e idéias
Desespero ou desânimo
Excesso de preocupação pelo bem-estar dos demais
 
Esses estados negativos se dissolvem à medida em que respectivamente se instalam a paz,
a esperança, a alegria, a fé, a certeza, a sabedoria e o amor.

Além disso, Dr. Bach dizia que para que se pudesse compreender a natureza da doença, certas
verdades fundamentais teriam que ser reconhecidas.

O homem possui uma alma que é o seu eu real, um ser divino, poderoso, filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, ainda que seja o templo terreno dessa alma, não passa de um mínimo reflexo;
Somos personalidades vindas aqui com a missão de obter todo o conhecimento e toda a experiência que podem ser adquiridos ao longo da existência terrena, de desenvolver virtudes de que carecemos, de extinguir tudo o que é defeituoso dentro de nós e dessa forma avançar em direção à perfeição de nossa natureza;
Devemos compreender que a curta passagem por esta terra que conhecemos como vida, não é mais que um breve instante no curso de nossa evolução. Nossas almas, que são realmente nós mesmos, são imortais;
Contanto que nossas almas e personalidades estejam em harmonia, tudo é paz e alegria, felicidade e saúde. O conflito surge quando nossas personalidades são atraídas para fora da senda traçada pela alma, por obra dos nossos desejos terrenos ou pela persuasão dos outros;
O Criador de tudo o que existe é o Amor, e tudo aquilo de que temos consciência é, em seu infinito número de formas, a manifestação desse Amor, seja ele um planeta ou um seixo, uma estrela ou uma gota de orvalho, um homem ou a forma mais elementar de vida.
 
Dizia, ainda, que a doença poderia ser gerada por dois erros básicos:
 
a dissociação entre nossas almas e nossas personalidades e,
a crueldade ou a falta para com os outros

Bem como, por certas imperfeições humanas que ele assim classificou e indicou a forma de redenção:
 
1. orgulho: incapacidade de reconhecer a pequenez da personalidade humana e sua absoluta dependência da alma, e a perda do senso de proporção, da noção do quanto se é insignificante diante dos complexos arranjos da criação. Redenção: compreender que nossas personalidades não significam coisa alguma em si mesmas, que são incapazes de conduzir qualquer trabalho bom ou qualquer serviço aceitável ou de resistir aos poderes da escuridão, a menos que sejam ajudadas pela Luz que vem do alto, a Luz de nossa alma.
 
2.crueldade: negação à Unidade de todas a coisas e a incapacidade de compreender que toda ação adversa para com o outro está em oposição ao Todo, e é, portanto, uma ação contrária à Unidade. Cada um como uma parte do todo, deve se tornar próximo de nós, e querido por nós, até mesmo aqueles que nos molestam. Redenção: lembrar que o Amor é a base da Criação, que em cada alma há algum bem, e que no melhor de nós existe algum mal.
 
3. ódio: contrário ao Amor e o reverso da Lei da Criação. Conduz apenas a pensamentos e a ações que são adversos à Unidade e contrários àqueles que seriam prescritos pelo amor. Redenção: a mesma postura para com a crueldade.
 

4. egoísmo: colocar os interesses pessoais antes do bem estar da humanidade, do carinho e da proteção que deveríamos dedicar aos que estão mais perto de nós. Redenção: dirigir para fora, para os outros, o carinho e a atenção que devotamos a nós próprios.
 
5. ignorância: é o fracasso em aprender, a recusa em ver a Verdade quando se tem a oportunidade para tanto. Redenção: não ter medo da experiência, mas com a mente alerta e os ouvidos atentos, aproveitarmos todo o conhecimento que possa ser adquirido. E, principalmente, mantendo-nos flexíveis e prontos para abandonarmos qualquer idéia se, encontrando-nos numa experiência mais ampla, uma verdade maior se revelar.
 
6. instabilidade: decorrência da recusa da personalidade a ser governada pelo Eu Superior. Redenção: desenvolver a autodeterminação, fortalecendo a mente e agindo com firmeza em vez de ficarmos detidos na hesitação e na dúvida.
 
7. ambição: conduz ao desejo do poder, é uma negação à liberdade e à individualidade de toda Alma, pois compraz-se em ditar ordens, conformar tudo à sua vontade e a comandar usurpando o poder do Criador, e tirando o direito de cada um de se desenvolver livremente. Redenção: encorajar nosso irmão a prosperar, ajudando-o a ter esperança, e se estiver ao nosso alcance, ampliar seu conhecimento e suas experiências terrenas para que possa progredir.